Mercados

Ibovespa alcança nova máxima histórica; Hapvida e NotreDame decolam

08 jan 2021, 18:57 - atualizado em 08 jan 2021, 18:58
Ibovespa-B3-B3SA3
Na primeira semana de 2021, o indicador teve alta de cerca de 5% (Imagem: B3/Youtube)

A elevada liquidez prevaleceu mais uma vez nesta sexta-feira nos mercados internacionais, inclusive na B3 (B3SA3), cujo principal índice bateu nova máxima de fechamento, com as compras de ações desta vez concentradas em papeis ligados ao mercado doméstico.

O destaque corporativo foi o anúncio de que as empresas de saúde Hapvida (HAPV3) e NotreDame (GNDI3) negociam uma fusão, o que provocou uma disparada das ações de ambas.

A expectativa de manutenção de política monetária frouxa por logo período e notícias numerosas sobre vacinas contra Covid-19 e seus esperados impactos positivos na economia mundial foram de novo os motes para investidores seguirem comprando ações.

Assim, mesmo com movimentos pontuais sobre ações de bancos e de empresas de commodities, que estão entre as mais importantes do Ibovespa (IBOV), o índice subiu 2,2%, para fechar em 125.076,63 pontos, renovando o recorde de fechamento pelo segundo dia.

Na primeira semana de 2021, o indicador teve alta de 6,8%. O giro financeiro da sessão somou 42,9 bilhões de reais.

Para o sócio e economista-chefe do banco digital Modalmais, Alvaro Bandeira, as campanhas de vacinação contra Covid-19 e a expectativa de novos estímulos monetários seguem municiando o apetite por ativos de risco aumenta.

No entanto, com o Ibovespa superando a marca de 125 mil pontos, os riscos em relação ao mercado brasileiro crescem, considerando o frágil cenário fiscal do país e um ambiente político que põe em dúvida o avanço de reformas no Congresso.

“O Ibovespa pode não desabar no curto prazo porque o fluxo, especialmente estrangeiro, tem seguido forte, mas os fundamentos para justificarem novas altas ficam limitadas a um universo menor de ações”, disse Bandeira.

Em relatórios, estrategistas observaram que no curto prazo as atenções do mercado devem se concentrar no noticiário sobre combate à pandemia. As mais importantes desta sexta-feira foram as de que a Anvisa recebeu de Fiocruz e Instituto Butantan pedidos para uso emergencial de vacina que desenvolvem com parceiros internacionais.

Destaques

MRV, Construção, Imóveis
Ações imobiliárias disparam na Bolsa neste pregão de sexta-feira (Imagem: Reprodução/MRV)

MRV (MRVE3) capitaneou a escalada do setor imobiliário na B3, com um salto de 6,9%, segundo seguida por Cyrela (CYRE3), que avançou 4,8%, Gafisa (GFSA3), com avanço de 3,7%. Rossi (RSID3), de menor liquidez e fora do índice, foi ainda mais longe, disparando 30,9%.

Hapvida (HAPV3) escalou 17,7%, de longe a líder no setor de saúde, após notícia de que a companhia estaria negociando uma fusão com a rival NotreDame (GNDI3), esta com avanço de 26,6%.

B2W (BTOW3) foi o carro-chefe do Ibovespa no varejo, com valorização de cerca de 7%. Lojas Renner (LREN3) veio a seguir, tendo apreciação de 5,8%. Lojas Americanas (LAME4) ganhou 2,98%.

Vale (VALE3), caindo 0,3%, ilustrou o movimento de realização de lucros que abateu as ações de empresas de metais. Usiminas (USIM5) recuou 0,5%, mas CSN (CSNA3) subiu 0,6% e Gerdau (GGBR4) teve baixa de 1,5%.

Bradesco (BBDC4) teve queda de 0,9%, com o embolso de ganhos também atingindo o setor bancário. Santander Brasil (SANB11) perdeu 1,1%.

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