Ibovespa (IBOV) volta a cair, apesar de avanço da Vale (VALE3); Petrobras (PETR4) e bancos sofrem
O Ibovespa (IBOV) dá continuidade ao movimento de baixa nesta terça-feira (27), de olho no exterior e em novos anúncios do governo Lula.
Por volta das 11h55, o índice recuava 0,64%, a 108.037,99 pontos. A formação do novo governo segue como um dos principais tópicos a serem monitorados na semana, com a maior expectativa ficando para a nomeação de Simone Tebet em algum cargo ministerial.
Tebet deve aceitar o convite do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva para comandar o Ministério do Planejamento a partir de 1º de janeiro, segundo informações divulgadas pela imprensa.
Após diversas negociações, a senadora e ex-candidata à presidência da República parece ter chegado a um acordo com Lula. Tebet já negou pastas como Educação, Agricultura e Meio Ambiente.
Lula ainda precisa anunciar os nomes que vão liderar 16 ministérios em seu novo governo, completando as 37 pastas que devem compor a sua equipe nos próximos quatro anos.
Investidores também monitoram possíveis novos anúncios do futuro ministro da Fazenda, Fernando Haddad, acerca de sua equipe econômica.
Entre as ações que compõem o Ibovespa, as companhias de mineração e siderurgia surpreendem novamente, com Gerdau (GGBR4) e sua controladora Metalúrgica Gerdau (GOAU4) liderando as altas da sessão. Vale (VALE3) avançava 1,04%, guiada pelo minério de ferro.
Do lado negativo, ações de varejo e consumo pesam. Petrobras (PETR3;PETR4) segue em queda, mesmo com o avanço do petróleo. Os bancos dão seguimento à trajetória de baixa do pregão passado.
Agenda econômica
Wall Street voltou a abrir nesta terça, após feriado prolongado do Natal. Os índices americanos seguem sem viés definido, andando majoritariamente em queda em meio a uma semana mais esvaziada de indicadores econômicos.
No Brasil, coube novamente ao Banco Central movimentar a agenda do dia ao divulgar dados de estoque de crédito no país.
Apesar do crescimento das taxas de juros cobradas pelos bancos e do aumento da inadimplência, os números subiram 1% em novembro ante o mês anterior, a R$ 5,26 trilhões, correspondente a 53,8% do Produto Interno Bruto (PIB).