Ibovespa acompanha melhora em NY e fecha em alta de mais de 1%
O Ibovespa (IBOV) fechou em alta nesta quarta-feira, acompanhando o viés mais positivo nos mercados acionários no exterior e a trégua na queda dos preços do petróleo, com os papéis de siderúrgicas entre as maiores altas.
Índice de referência da bolsa brasileira, o Ibovespa encerrou com acréscimo de 1,24%, a 101.292,05 pontos.
O volume financeiro da sessão somou 24 bilhões de reais.
Nos Estados Unidos, os principais índices de ações em Wall Street reagiram forte.
“O Ibovespa subiu hoje com investidores acompanhando o forte movimento de alta nas bolsas internacionais, com destaque para recuperação das ações de tecnologia que haviam passado por fortes baixas nos últimos 3 pregões”, observou o analista Régis Chinchila, da Terra Investimentos.
No front doméstico, ele destacou comentário do ministro da Economia, Paulo Guedes, de que a reforma administrativa proposta pelo governo representa economia de 300 bilhões de reais em gastos com o serviço público.
“O mercado continua monitorando os detalhes das reformas que tramitam no Congresso e podem destravar valor nesse movimento de reabertura e reaquecimento da economia brasileira”, acrescentou.
Após a notícia de suspensão dos testes com a candidata a vacina contra o Covid-19 da AstraZeneca, trouxe algum alento comentário do governador de São Paulo de que resultados dos testes clínicos em estágio avançado da potencial vacina da chinesa Sinovac têm sido “extremamente positivos”.
Destaques
Vale (VALE3) teve alta 1,23%, em sessão positiva para o setor de mineração e siderugia, em meio a perspectivas positivas para o preço do aço.
Usiminas (USIM5) subiu 6,36% e CSN (CSNA3) avançou 4,98%, enquanto Gerdau (GGBR4) valorizou-se 4,27%.
No caso de Vale, a Justiça Federal de Minas Gerais negou um pedido do Ministério Público para uma intervenção legal imediata na mineradora.
Petrobras (PETR4) e Petrobras (PETR3) avançaram 2,11% e 2,22%, respectivamente, com a recuperação do petróleo no exterior, com o barril do Brent avançando 2,5%, a 40,79 dólares.
Na véspera, a companhia ainda anunciou que deu início à fase vinculante referente à venda de 50% a 100% de sua participação, com passagem de operação, na concessão BM-S-51 na Bacia de Santos.
Magazine Luiza (MGLU3) teve elevação de 4%, liderando ganhos entre empresas de varejo associadas a comércio eletrônico no Ibovespa, após correção nos últimos pregões.
B2W (BTOW3) subiu 3,46% e Via varejo (VIVA3) avançou 1,98%. Apesar das quedas recentes, esses papéis ainda figuram entre as maiores valorizações do Ibovespa em 2020.
– Btg Pactual (BPAC11) subiu 4,46%, descolado do papéis de bancos no Ibovespa, que mostrou Itau Unibanco (ITUB4) com variação positiva de apenas 0,12% e Bradesco (BBDC4) com decréscimo de 0,28%.
Ainda no setor financeiro, B3 (B3SA3) avançou 2,14%, após algum ajuste negativo desde o começo do mês (-3%).
IRB Brasil re (IRBR3) caiu 3,13%, entre os destaques de baixa, conforme permanece pressionado por uma série de adversidades desde o começo do ano, que a mantém como o pior desempenho do Ibovespa em 2020, com queda de 82%.
Cogna (COGN3) perdeu 4,07% e YDUQS (YDUQ3) caiu 2,64%, após duas sessões consecutivas de alta, com os papéis ainda acumulando performance negativa no ano.