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Ibovespa acima dos 140 mil pontos? O que os gestores esperam do índice, segundo a pesquisa do BofA

17 jul 2024, 12:58 - atualizado em 17 jul 2024, 12:58
ações bolsa ibovespa
(Imagem: Montagem Canva Pro)

Os investidores começaram o segundo trimestre mais otimista e não à toa, o Ibovespa (IBOV) caiu apenas uma vez desde o início de julho

Por outro lado, a perspectiva de que o ciclo de cortes na taxa básica de juros, a Selic, já acabou reduziu as apostas do principal índice da bolsa brasileira de ultrapassar os 140 mil pontos até o final do ano. Pelo menos, segundo o Bank of America (BofA). 

Mais uma vez, a pesquisa mensal do BofA mostrou uma diminuição do otimismo em relação ao desempenho do Ibovespa. Agora, apenas 3% dos gestores de fundos da América Latina veem o Ibovespa acima dos 140 mil pontos. 

Em julho, essa expectativa era de 7% e em maio, de 19%. 

A maior aposta dos gestores ainda é de que o principal índice da bolsa brasileira fique no intervalo entre 130 e 140 mil pontos até o final do ano, na visão de quase 50% dos participantes da pesquisa. No mês anterior, o percentual era de pouco mais de 25%. 

Por outro lado, os gestores estão mais otimistas com o Brasil do que com o México. 48% dos participantes acreditam que o mercado brasileiro terá o melhor desempenho da América Latina em 2024. 

Além do fim do ciclo de afrouxamento monetário no Brasil, os gestores consideram que as taxas de juros mais altas nos Estados são o fator de maior risco para a bolsa brasileira — mas também para os mercados latinos. 

A pesquisa contou com a participação de 31 gestores, com aproximadamente US$ 46 bilhões sob gestão. 

Além do Ibovespa: para onde vai o dólar? 

Para os gestores ouvidos pelo BofA, o dólar  (USDBRL) deve permanecer mais forte que as moedas latino-americanas em 2024. Essa visão é compartilhada por cerca de 50% dos participantes da pesquisa. 

Em relação ao real, 39% dos gestores veem a moeda brasileira acima de R$ 5,40 até o final do ano. No mês anterior, o percentual era de 26%. 

Contudo, a maioria manteve a aposta de que o dólar deve ficar na faixa de R$ 5,11 a R$ 5,40.