Ibovespa absorve eleição de Lula e aguarda novidades sobre governo eleito
O Ibovespa reagiu bem ontem à eleição de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para um terceiro mandato como presidente e subiu. A alta firme, de mais de 1%, ocorreu apesar da forte queda nas ações da Petrobras (PETR3; PETR4) e do Banco do Brasil (BBAS3). As bolsas de Nova York também encerraram o dia em baixa.
O movimento por aqui foi capitaneado pelos investidores estrangeiros, em meio a um forte fluxo comprador de corretoras de fora. O apetite do gringo pela bolsa brasileira derrubou o dólar para abaixo de R$ 5,20, ajudando a impulsionar a zeragem de posição comprada (aposta na alta) do investidor local no câmbio.
Portanto, ainda que o mercado tenha ficado contrariado com a derrota de Jair Bolsonaro (PL) nas urnas, o desempenho dos ativos brasileiros mostra que a eleição de Lula já está consolidada e foi bem absorvida. Afinal, o mercado, como se sabe, é pragmático por excelência.
Por mais que o silêncio ensurdecedor do atual presidente, que segue calado mais de 24 horas após a vitória do oponente no segundo turno das eleições, o amplo reconhecimento de lideranças políticas internacionais reforça os sinais de que não há apoio para resistir. Mais que isso, a movimentação para a transição de governo já começou.
Ou seja, as coisas estão andando apesar do abatimento de Bolsonaro e da revolta dos caminhoneiros nas estradas federais. Com isso, os investidores seguem à espera dos nomes que farão parte da equipe econômica do novo governo Lula e qual será a pauta a ser encaminhada ao Congresso.
Copom e Fed no radar
Enquanto aguardam novidades, os investidores deslocam o radar para os eventos envolvendo os bancos centrais do Brasil e dos Estados Unidos, a partir de hoje. A ata da reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) deve ser um “não evento” tal qual foi a decisão da semana passada.
Já a expectativa pela decisão do Federal Reserve, amanhã, sustenta os mercados internacionais no azul. Wall Street continua acreditando em um “pivô” do Fed, reduzindo o ritmo de aumento dos juros após a esperada quarta alta na ordem de 0,75 ponto percentual (pp) na taxa neste mês Mais que isso, o mercado já vê o fim do ciclo de aperto.
A seguir, veja o desempenho dos mercados financeiros por volta das 8h:
EUA: o futuro do Dow Jones subia 0,64%; o do S&P 500 avançava 0,95%; enquanto o Nasdaq tinha alta de 1,22%;
Europa: o índice pan-europeu Stoxx 600 subia 1,37%; a bolsa de Frankfurt ganhava 1,15%; a de Paris tinha alta de 1,68% e a de Londres crescia 1,56%
Câmbio: o DXY tinha queda de 0,58%, a 110.89 pontos; o euro subia 0,56%, a US$ 0,9938; a libra subia 0,65%, a US$ 1,1538; o dólar caía 1,00% ante o iene, a 147,25 ienes.
Treasuries: o rendimento da T-note de dez anos estava em 3,955%, de 4,054% na sessão anterior; o rendimento da T-bill de 2 anos estava em 4,437%, de 4,487% na sessão anterior
Commodities: o futuro do ouro ganhava 0,85%, a US$ 1.654,60 a onça na Comex; o futuro do petróleo WTI avançava 1,61%, a US$ 87,92 o barril; o do petróleo Brent ganhava 1,68%, a US$ 94,36 o barril; o contrato futuro do minério de ferro negociado em Dalian (China) fechou em leve alta de 0,33%, a 615 yuans a tonelada.
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