Ibovespa acompanha alta no exterior e tem Ômicron no radar
O principal índice acionário da bolsa brasileira subia nesta segunda-feira, após dois pregões negativos, em linha com desempenho dos principais índices futuros de ações nos Estados Unidos.
Mercados internacionais mantêm o avanço da variante Ômicron do coronavírus no radar, enquanto noticiário local continua enxuto. Bolsa deve seguir com liquidez baixa nas sessões que antecedem a virada do ano, assim como foi na semana passada.
Americanas era a principal contribuição positiva para o índice, enquanto Vale estava na ponta oposta.
Às 11:05, o Ibovespa subia 0,58%, a 105.479,51 pontos. O volume financeiro era de 2,4 bilhões de reais.
Os futuros de ações nos EUA avançavam nesta segunda-feira, diante da alta de papéis de tecnologia no pré-mercado, enquanto papéis de companhias aéreas caíam após cancelamentos de voos em meio à propagação da variante Ômicron do coronavírus. Bolsas também subiam na Europa.
As companhias aéreas norte-americanas suspenderem milhares de voos nos últimos dias, à medida que casos de Covid-19 forçaram as tripulações a se isolar.
Quase 740 voos dentro, para ou dos EUA foram cancelados na manhã desta segunda-feira, mostrou uma contagem no site de rastreamento de voos FlightAware.com, somando a se mais de 3 mil voos suspensos durante o feriado prolongado de Natal.
No Brasil, mercado analisa dados e projeções para 2022.
Economistas consultados pelo Banco Central reduziram suas estimativas para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) do país no ano que vem de 0,5% para 0,42%, enquanto para este ano houve revisão de 4,58% para 4,51%, segundo a pesquisa semanal Focus.
Para a inflação, analistas reduziram projeção de 10,04% a 10,02% para 2021 e mantiveram em 5,03% para 2022.
O índice que mede a confiança da indústria no Brasil também revela cenário desafiador para o próximo ano, ao fechar 2021 com sua quinta queda consecutiva mensal em dezembro e no nível mais fraco desde agosto de 2020, segundo dados divulgados pela Fundação Getulio Vargas.
Destaques
Cielo (CIEL3) subia 5,2%, após conselho de administração da companhia aprovar pagamento de juros sobre capital próprio aos acionistas de 235,76 milhões de reais, segundo comunicado ao mercado.
Americanas (AMER3) tinha alta de 5,2%, Magazine Luiza (MGLU3) subia 4,5% e Via (VIIA3) avançava 3,2%, em sessão positiva para varejistas. O conselho do Magazine Luiza ainda aprovou emissão de 2 bilhões de reais em debêntures.
Vale (VALE3) caía 0,6%, CSN (CSNA3) cedia 0,3%, Usiminas (USIM3) recuava 0,1% Gerdau (GGBR4; GGBR3) tinha queda de 0,2%, diante de recuo dos futuros do minério de ferro na Ásia, após dados indicarem demanda fraca por aço e depois de ganhos da commodity na semana passada.
Cyrela (CYRE3) subia 4,7%, MRV (MRVE3) tinha alta de 3,8%, enquanto operadoras de shoppings brMalls (BRML3) e Multiplan (MULT3) avançavam 3,8% e 2%, respectivamente.
Itaú Unibanco (ITUB4) subia 0,7% e Bradesco (BBDC4) avançava 0,4%. Também no setor financeiro, B3 (B3SA3) caía 0,4%.
Marfrig (MRFG3) subia 1,1% e JBS (JBSS3) tinha alta de 0,8%.
Petrobras (PETR4) subia 0,4% e ON avançava 0,5%, mesmo com a queda dos preços do petróleo no mercado internacional, após cancelamento de viagens por empresas aéreas dos EUA.
Azul (AZUL4) caía 0,4% e Gol (GOLL4) recuava 0,2%, em meio à queda de papéis de companhias aéreas no pré-mercado nos EUA por conta de cancelamentos de voos com o recrudescimento da Covid-19, que vem se espalhando entre tripulantes e pilotos.
Ômega Energia, que não está no Ibovespa, caía 4,3% em sua estreia na bolsa, após reorganização societária que resultou na incorporação da Ômega Geração pela Ômega Energia.