Ibovespa opera em alta e a caminho de maior série de altas semanais desde 2017
O Ibovespa mostrava variações discretas no início da tarde desta sexta-feira, após flertar com os 119 mil pontos na véspera, mas caminhava para mais uma semana de ganhos, na maior sequência desde 2017, com as ações apoiadas em fluxo externo e perspectivas para a vacinação contra a Covid-19.
Às 12:34, o Ibovespa subia 0,34%, a 118.804,80 pontos. Na máxima até o momento atingiu 119.370,48 pontos. O volume era de 10,2 bilhões de reais.
Na semana, o índice acumula alta de 2,89%, na maior série de ganhos semanais desde a sequência de oito semanas fechando no azul encerrada em 15 de setembro de 2017.
Na quinta-feira, o Ibovespa fechou em alta de 0,46%, a 118.400,57 pontos, marcando 119.027,05 pontos na máxima da sessão, se aproximando de suas máximas históricas.
“Em um ano marcado por forte volatilidade nos mercados, o fim de ano traz perspectivas melhores para 2021 e redução de incertezas sobre a pandemia à medida que se inicia o processo de vacinação no mundo”, afirmaram estrategistas do Itaú BBA em relatório a clientes.
“Olhando para 2021, projetamos um ano com cenário mais benigno. Nossas projeções, apontam para um crescimento do PIB em 4%, dólar caindo para 4,75 dólares ante uma previsão de 5,00 dólares, e teto de gastos sendo cumprido, apesar do cenário desafiador”, acrescentou a equipe liderada por Fabio Perina.
Análise da equipe de grafistas da Ágora Investimentos, observou que o Ibovespa atingiu a região de topo histórico que foi formado no início do ano aos 119.500, “nível onde pode concluir o objetivo da quinta onda impulsiva e iniciar um próximo movimento de realização de lucros”.
“Neste caso, o primeiro suporte ficou marcado aos 115.000, sendo este, o melhor ponto para uma reentrada na compra. Do lado superior, a quebra dos 119.500, abriria espaço para o índice retomar o rali de curto prazo, que teria uma próxima projeção apontando para a linha dos 124.000 pontos”, acrescentou.
Desde as mínimas do ano em março, o Ibovespa acumula ganho de mais de 90%, mas movimentos de realização de lucros relevantes têm sido bloqueados ou amenizados pelo forte fluxo de capital externo, que no mês já alcança saldo positivo de 9,66 bilhões de reais, de acordo com os dados da B3 até o dia 15.
No exterior, os futuros acionários norte-americanos mostravam pequenas variações, ensaiando uma pausa após uma série de ganhos fortes.
Destaques
Vale (VALE3) subia 0,5% com o setor de mineração e siderurgia mais uma vez entre os destaques, depois que os contratos futuros do minério de ferro na China atingiram máximas nesta sexta-feira.
Usiminas (USIM5) valorizava-se 4,3%, CSN (CSNA3) avançava 2,5% e Gerdau (GGBR4) tinha alta de 2,30%.
Marfrig (MRFG3) avançava 1,5%, com o setor de proteínas entre as maiores altas. Minerva (BEEF3) subia 2,46%, JBS (JBSS3) mostrava acréscimo de 1,66% e BRF (BRFS3) ganhava 2,38%. Todos esses papéis apresentam desempenho inferior ao do Ibovespa no acumulado do mês.
Klabin (KLBN11) tinha valorização de 3,3%, também correndo atrás de uma melhor performance em dezembro, assim como Suzano, que subia 2,51%.
Petrobras (PETR4) recuava 0,28% e Petrobras (PETR3) perdia 0,38%, em sessão marcada por variações pequenas nos preços do petróleo no exterior. No mês, porém, ainda contabilizam alta de cerca de 13% cada.
Itaú Unibanco (ITUB4) cedia 0,7%, em sessão sem sinal único dos papéis de bancos do Ibovespa, com Bradesco (BBDC4) em alta de 0,74%.
CVC Brasil (CVCB3) caía 1,4%, em nova sessão de ajustes com números ainda preocupantes sobre a Covid-19 no Brasil e exterior, o que afetava também as ações de companhias aéreas, após recuperação recente na esteira do otimismo em relação a vacinas contra o coronavírus.
Gol (GOLL4) perdia 2% e Azul (AZUL4) cedia 0,75%.
(Atualizada às 13h07)