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Ibovespa sobe com exterior e de olho em PEC dos Precatórios

01 dez 2021, 10:20 - atualizado em 01 dez 2021, 11:55
Mercados, Ibovespa, B3
Às 11:52, o Ibovespa subia 1,55%, a 103.496.31 pontos (Imagem: Money Times/Diana Cheng)

O Ibovespa avançava nesta quarta-feira, acompanhando a recuperação das bolsas na abertura em Nova York e dos preços do petróleo, enquanto no Brasil investidores aguardam votação da PEC dos Precatórios no plenário do Senado.

Na véspera, a agência de classificação de risco S&P Global manteve a nota de crédito soberano de longo prazo em moeda estrangeira do Brasil em BB-, com perspectiva estável.

Às 11:52, o Ibovespa subia 1,55%, a 103.496.31 pontos, após fechar no menor patamar do ano na terça-feira, quando quase rompeu os 100 mil pontos no intradiário. O volume financeiro era de 6,2 bilhões de reais. Vale e Petrobras eram as maiores influências para a alta do índice.

Mercados acionários globais se recuperam nesta quarta, após forte liquidação na véspera por temores com a alta da inflação nos EUA — e seus efeitos sobre os estímulos do Fed — e com a nova variante Ômicron do coronavírus.

Enquanto o mundo espera por novas informações sobre a variante e sua eficácia contra as vacinas, EUA e outros países endurecem controle de fronteiras.

No Brasil, governo de São Paulo confirmou nesta manhã terceiro caso da Ômicron no país, de um passageiro vindo da Etiópia.

A criação de vagas de trabalho no setor privado dos EUA acima do esperado em novembro também ajudava as bolsas norte-americanas. Dado vem dois dias antes da divulgação de indicador-chave de emprego daquele país.

No Brasil, presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), chegou a ventilar a possibilidade de votação da PEC dos Precatórios em plenário na terça, mas a análise ficou mesmo para esta quarta-feira.

A proposta é vista com muita atenção pelo mercado, já que abre espaço para colocar em prática o Auxílio Brasil em substituição ao Bolsa Família.

O receio dos investidores é que uma possível não aprovação do texto implique em planos alternativos pelo governo para bancar o programa em ano eleitoral, o que seria potencialmente mais danoso à situação fiscal.

No mais, B3 divulgou a primeira prévia da carteira teórica do Ibovespa para o primeiro quadrimestre de 2022, com inclusão de Positivo e Porto Seguro.

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Destaques

Vale (VALE3) subia 2,1% e marcava a maior contribuição positiva para o índice, em mais uma sessão de boas notícias para o minério de ferro e commodities relacionadas ao setor.

A mineradora apresentou nesta semana projeção de aumento na produção de minério de ferro para o ano que vem.

Petrobras (PETR4) avançava 3% e ON subia 2,7%, na esteira da alta dos preços do petróleo, antes de encontros da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) e da Opep+, que agrupa a Opep com aliados, incluindo a Rússia. Papéis da estatal fecharam praticamente estáveis na véspera, mesmo com a derrocada da commodity no mercado internacional. Empresa apresentou na semana passada uma nova política de dividendos que agradou o mercado.

Itaú (ITUB4) avançava 2,3%, diante de alta generalizada no setor financeiro. Bradesco (BBDC4) subia 2,6%, B3 ON tinha alta de 3,1% e BTG Pactual (BPAC11) marcava +4%. Banco Inter (BIDI11) saltava 6,2%.

JBS (JBSS3) caía 1,9% e era a maior contribuição negativa para o índice, após avanço forte na véspera. BRF (BRFS3) cedia 1,2% e Marfrig (MRFG3) recuava quase 2%. As três companhias estavam entre os piores desempenhos em percentual do Ibovespa na sessão.

Braskem (BRKM5) subia 7,4% e tinha a maior alta em percentual do índice. Notícias sobre a venda de participação na companhia por seus controladores Novonor e Petrobras vinham movimentando os papéis nas últimas sessões. Ação teve queda forte na véspera.

Positivo (POSI3) avançava 3,1% e Porto Seguro (PSSA3) subia 0,2%, após papéis serem incluídos na primeira prévia do Ibovespa para o período entre janeiro e abril de 2022.

Getnet (GETT11), que estreou na B3 em outubro após cisão do Santander Brasil, reverteu queda inicial e subia 0,3% mesmo após ser retirada da carteira teórica na prévia.