Mercados

Ibovespa testa alta com tensão em Taiwan e Copom no radar

03 ago 2022, 10:06 - atualizado em 03 ago 2022, 10:07
ações
Taxa Selic deve subir em 0,50 ponto porcentual (pp) hoje. (Imagem: Diana Cheng/Money Times)

O Ibovespa testava alta na abertura do pregão desta quarta-feira (3), com o investidores mantendo a tensão geopolítica entre Estados Unidos e China no radar.

O mercado local monitora a decisão de política monetária do Banco Central, que será anunciada depois do fechamento dos mercados, e a continuidade da temporada de balanços corporativos.

Por volta das 10h05, o principal índice da Bolsa brasileira subia 0,15%, aos 103,5 mil pontos.

Tensão EUA-China

Há quem diga que a reação inicial dos ativos de risco na terça-feira à visita oficial da presidente da Câmara dos EUA foi exagerada. Porém, tampouco há quem descarte uma piora no cenário global, que já sente os impactos da guerra na Ucrânia e da pandemia.

Com isso, fica a dúvida quanto à sustentação da recente dinâmica robusta dos mercados. Ainda mais com os indicadores de atividade sugerindo uma desaceleração econômica, que parece caminhar em direção a uma recessão global.

Isso em um momento em que a inflação resiste em alta, apesar da queda dos preços das commodities industriais. Até por isso, o Federal Reserve tem reafirmado que “não está nem perto” de encerrar o ciclo de aumento da taxa de juros.

Copom sobe Selic, e depois?

O que não se sabe é se o mesmo pode ser dito em relação ao Copom. A taxa Selic deve subir em 0,50 ponto porcentual (pp) hoje, para 13,75%, dando continuidade ao processo iniciado em março do ano passado.

A novidade tende a ficar com o comunicado que acompanhará o anúncio da decisão, a partir das 18h30. Os riscos fiscais, de um lado, e a proximidade eleitoral, de outro, deixam dúvidas quanto ao fim do ciclo de aperto.

O Copom pode ainda optar pela “coluna do meio” e manter o juro básico em nível elevado por um período mais longo, o que, na prática, significa que as taxas reais continuarão subindo. Afinal, a inflação está sim desacelerando.

Até a decisão do Copom, os investidores recebem dados de atividade no Brasil e no exterior. Na Europa, já foi conhecida uma nova rodada de números fracos sobre a indústria, o varejo e o setor de serviços.

Atenção ainda para a decisão do cartel de países produtores de petróleo (Opep+) sobre a oferta da commodity. A reunião mensal parece mais importante do que a visita de Pelosi, que, aliás, já deixou Taiwan.

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