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Ibovespa: Abaixo dos 112 mil pontos, índice pode perder até 7,5% no curto prazo

13 set 2022, 12:45 - atualizado em 13 set 2022, 12:46
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Beira do abismo: Ibovespa se aproxima perigosamente da borda de uma grande queda (Imagem: Diana Cheng/Money Times)

O Ibovespa opera em forte queda nesta terça-feira (13), pressionado pela surpresa do mercado com a inflação dos Estados Unidos, que ficou acima das expectativas em agosto. Por volta das 12h30, o índice recuava 1,59%, aos 111.608 pontos.

Com isso, o Ibovespa rompeu o piso de 112 mil pontos, considerado pelos analistas gráficos como um suporte importante. Abaixo disso, abre-se o caminho para quedas ainda mais acentuadas nos próximos dias.

Para Igor Graminhani, analista técnico da Genial Investimentos, ao fechar em 113.406 pontos ontem (12), o benchmark da Bolsa brasileira permaneceu “dentro de uma congestão no curto prazo entre 108.220 pontos (suporte) até 114.375 pontos (resistência).”

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Fundo do poço pode estar nos 105 mil pontos

Igor observa que, antes do piso de 108.220 pontos, há uma região que pode servir de suporte até que o mercado reencontre o caminho da alta. Trata-se dos 108.620 pontos.

Mas, se passar batido por esses marcos, o Ibovespa pode mergulhar até os 105.850 pontos. Se a projeção se cumprir, significará um tombo de 6,7% sobre o fechamento de ontem.

A XP Investimentos também traça um cenário difícil para o Ibovespa, caso a perda dos 112 mil se consolide. “Um fechamento abaixo dos 112.000 traria sinal de realização mirando suportes em 108.200 ou 104.880 em retração de Fibonacci.”, afirma seu analista técnico, Gilberto Coelho.

Chegar aos 104.800 pontos representaria uma queda de 7,5% sobre o fechamento de ontem.

Instituição 1º suporte Queda potencial (%)* 2º suporte Queda potencial (%)*
Genial 108.620 -4,22 108.220 -4,57
XP 108.200 -4,59 104.880 -7,52
*sobre o fechamento de 12/set

Ibovespa tomba com inflação americana

Ibovespa cai mais de 1% na sessão desta terça-feira (13) após a divulgação do tão esperado CPI americano, o principal termômetro da inflação nos Estados Unidos. Por volta das 11h50, o índice tombava 1,45%, a 111.757,77 pontos.

Em Wall Street:

De acordo com o Departamento do Trabalho dos EUA, o índice de preços ao consumidor norte-americano (CPI) subiu 0,1% em agosto, quando economistas consultados pela Reuters projetavam queda de 0,1%.

O índice de preços ao consumidor nos Estados Unidos (CPI, na sigla em inglês) segue em alta em agosto, acelerando-se em relação a julho. O CPI subiu 0,1% na base mensal e avançou 8,3% no confronto anual, ficando acima das projeções de alta de 8%.

Os aumentos nos índices de moradia, alimentação e assistência médica foram os que mais impactaram no aumento da inflação.

Já o núcleo do CPI, que exclui itens voláteis como alimentos e energia, teve altas de 0,6% no mês e de +6,3% na base anual. A previsão era de um aumento de 6,1% no acumulado de 12 meses.

(Com Juliana Américo e Renan Dantas)

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Diretor de Redação do Money Times
Ingressou no Money Times em 2019, tendo atuado como repórter e editor. Formado em Jornalismo pela ECA/USP em 2000, é mestre em Ciência Política pela FLCH/USP e possui MBA em Derivativos e Informações Econômicas pela FIA/BM&F Bovespa. Iniciou na grande imprensa em 2000, como repórter no InvestNews da Gazeta Mercantil. Desde então, escreveu sobre economia, política, negócios e finanças para a Agência Estado, Exame.com, IstoÉ Dinheiro e O Financista, entre outros.
marcio.juliboni@moneytimes.com.br
Ingressou no Money Times em 2019, tendo atuado como repórter e editor. Formado em Jornalismo pela ECA/USP em 2000, é mestre em Ciência Política pela FLCH/USP e possui MBA em Derivativos e Informações Econômicas pela FIA/BM&F Bovespa. Iniciou na grande imprensa em 2000, como repórter no InvestNews da Gazeta Mercantil. Desde então, escreveu sobre economia, política, negócios e finanças para a Agência Estado, Exame.com, IstoÉ Dinheiro e O Financista, entre outros.