Ibovespa à vista sobe com aceno sobre Guedes e fiscal; Magazine Luiza dispara mais de 5%
A bolsa paulista ensaiava melhora nesta terça-feira, tendo de pano de fundo novos acenos do governo buscando acalmar investidores e reiterando a permanência do ministro da Economia, Paulo Guedes, bem como compromisso com as contas públicas.
Às 10:17, o Ibovespa subia 1,73 %, a 101.314,14 pontos.
Na véspera, o tom negativo prevaleceu no pregão brasileiro, com o Ibovespa fechando abaixo dos 100 mil pontos, em meio a ruídos envolvendo o ministro da Economia e receios com o quadro fiscal do país.
Já na noite de segunda-feira, Guedes afirmou que a confiança entre ele e o presidente Jair Bolsonaro é recíproca, embora tenha admitido que seu posto é difícil. Também afirmou que ninguém estava querendo furar o teto de gastos.
Em paralelo, Bolsonaro disse à CNN que a saída do ministro “nunca foi cogitada”. Ele também citou que ele e o ministro estão alinhados na decisão de que há “possibilidade zero de furar o teto de gastos”.
As especulações em torno de uma eventual saída de Guedes do governo têm ganhado força após debandada da Economia e aumento de pressões por mais gastos públicos.
A sinalização de Guedes ‘compra tempo’ no mercado, principalmente dada a resiliência de bolsas no exterior, mas o comportamento na segunda-feira sugere que talvez seja necessária uma ação mais concreta de curto prazo para acalmar investidores.
Da temporada de balanços brasileira, Magazine Luiza (MGLU3) subia mais de 5%, entre as maiores alta do Ibovespa, após um salto nas vendas do segundo trimestre.
No exterior, os futuros acionários norte-americanos trabalhavam em território positivo, com a Home Depot corroborando um viés otimista a uma série de balanços empresariais de grandes varejistas.
Também nos Estados Unidos a construção de moradias acelerou em julho pelo terceiro mês seguido.
Entre as commodities, os futuros do minério de ferro saltaram, com ganhos tanto na bolsa chinesa de Dalian quanto em Cingapura, em meio a expectativas de que o uso de aço na China deve seguir firme nos próximos meses.