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Ibovespa a quanto em 2024? Bolsa brasileira começa a ganhar confiança de tubarões do mercado

19 dez 2023, 15:41 - atualizado em 19 dez 2023, 15:41
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Ibovespa deve superar os 140 mil pontos em 2024, veem gestores ouvidos pelo BofA (Imagem: B3/Divulgação)

Administradores de fundos de investimento estão cada vez mais construtivos com ações brasileiras, de acordo com pesquisa realizada pelo Bank of America (BofA).

Quase metade dos participantes do levantamento do banco estrangeiro (48%) vê o Ibovespa acima dos 140 mil pontos até o fim de 2024, o que representa uma significativa melhora no ânimo do mercado, visto que apenas 16% projetavam o índice nesse patamar no mês passado.

Paralelamente, as expectativas para a Selic continuam diminuindo, com boa parte dos administradores de fundos (51%) na expectativa por juros iguais ou abaixo de 9% até o fim desse ciclo de flexibilização.

A pesquisa do BofA também sinaliza que o apetite por teses de crescimento está aumentando. Agora, qualidade e crescimento são as estratégias preferidas, segundo a instituição.

Em dezembro, o BofA vê investidores rotacionando, saindo de energia. É um dos setores mais “underweight”, afirma.

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Impacto dos JCP: é para se preocupar?

Na última sexta (15), a Câmara dos Deputados aprovou a medida provisória (MP) que regulamenta subvenções após alterações na proposta original do governo, incluindo a flexibilização das regras para o mecanismo de juros sobre o capital próprio (JCP).

O texto aprovado não extingue os JCP, mas conta com ajustes à sua aplicação. Dentre as restrições, a base de cálculo do benefício poderá considerar apenas o capital efetivamente aplicado na companhia, limitando a possibilidade de empresas inflarem o patrimônio líquido para aumentar o pagamento de JCP.

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que a mudança na regra de JCP reduzirá o potencial de ganho da arrecadação. Para isso, o governo deve adotar medidas administrativas que não dependem da aprovação do Congresso para compensar as perdas.

Na avaliação dos gestores ouvidos pelo BofA, espera-se que as mudanças na distribuição de JCP cause um impacto abaixo de 10% no LPA (Lucro por Ação) das financeiras e não financeiras.

Mais do que isso, o impacto parece estar refletido nos valuations atuais dos bancos, avalia o BofA.