Ibovespa: A coisa está feia? Safra seleciona 11 ações cascas-grossas para se proteger (3 são vacas leiteiras)
O Ibovespa entornou o caldo nas últimas sessões, com tombo de 3%. Com isso, o índice perdeu os 125 mil pontos e agora zerou os ganhos do ano.
A mistura de um cenário global mais complicado (o Federal Reserve dá sinais de que manterá os juros altos por mais tempo nos EUA) com incertezas aqui no Brasil diante da previsão de déficit zero das contas públicas, antes em superávit, abalaram a confiança de investidores, que agora juntam os cacos para se protegerem.
Pensando nisso, o Safra, em relatório publicado na última terça-feira e assinado por Cauê Pinheiro, Carolina Carneiro, Nayane Kava e Luana Nunes, elencou as ações para se posicionar.
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“Diante do cenário de incertezas, entendemos que a busca por proteção deve persistir através da alocação em empresas com rentabilidade elevada, baixa alavancagem financeira e/ou boa capacidade de pagamento de dividendos “, coloca.
Além disso, os analistas dizem que empresas com capacidade de pagamento de dividendos elevados poderiam também apresentar bom carrego e estabilidade de fluxo para investidores. Nesse caso, eles citam Transmissão Paulista (TRPL4), Vivo (VIVT3) e Caixa Seguridade (CXSE3).
Brasil segue atrativo
O Safra recorda que a história micro parece mais positiva no Brasil, e as perspectivas para os resultados das empresas seguem melhorando.
“Vimos uma evolução positiva nas estimativas de lucro por ação (LPA) para 2025 do Ibovespa nos últimos meses, e o mercado passou a incorporar um cenário mais construtivo para a atividade econômica brasileira”, destaca.
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O banco argumenta que os resultados do quarto trimestre divulgados no início do ano indicaram uma retomada e confirmaram a recuperação do crescimento nos lucros de empresas cíclicas domésticas na comparação anual.
“Com isso, a revisão de lucros foi positiva em 4% desde o início do ano e ficou bem alinhada com as projeções do Safra”, completa.
O banco vê o Ibovespa em 155 mil pontos até o final do ano.
Ibovespa: Quais ações comprar?
Entre os papéis, o Safra cita a Copel (CPLE6). A empresa foi privatizada no ano passado e pode ser uma boa opção de proteção contra momentos de volatilidade.
“A política de dividendos da empresa inclui um pagamento mínimo de 50% dos seus lucros, que pode ser aumentado por eventos não recorrentes, como a alienação de ativos não essenciais”, recorda.
Outro ponto positivo é que a Copel não está exposta ao tema da renovação da concessão das distribuidoras de energia, uma vez que seus contratos já foram renovados em 2015.
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Além da elétrica, o banco cita a Vale (VALE3), com “avaliação descontada comparada aos múltiplos históricos e a pares australianas (Rio Tinto e BHP) e potencial de desvalorização limitado”, BB Seguridade (BBSE3), com “elevado retorno deve conferir ao papel maior resiliência em um cenário ainda incerto para a bolsa”, e Iguatemi (IGTI11)”em virtude de sua exposição a clientes de alta renda, o que confere proteção à companhia contra uma eventual deterioração macroeconômica”.
Veja na tabela a lista completa das ações:
| Empresa | Ticker |
|---|---|
| RD Saúde | RADL3 |
| Copel | CPLE6; |
| Vale | VALE3 |
| Fleury | FLRY3 |
| Itaú | ITUB4 |
| BB Seguridade | BBSE3 |
| TIM | TIMS3 |
| Iguatemi | IGTI11 |
| Transmissão Paulista | TRPL4 |
| Vivo | VIVT3 |
| Caixa Seguridade | CXSE3 |