Mercados

Ibovespa recua mais de 1% e afunda aos 125 mil pontos com Petrobras (PETR4) e guerra tarifária; dólar sobe a R$ 5,91

07 abr 2025, 17:38 - atualizado em 07 abr 2025, 17:46
ibovespa
Ibovespa cai de 1% com pressão de Petrobras (PETR4), em meio a rumores de intervenção nos preços, e guerra tarifária de Trump (Imagem: REUTERS/Amanda Perobelli)

O risco de recessão dos Estados Unidos e a escalada da guerra tarifária derrubaram, mais uma vez, o Ibovespa (IBOV).

Nesta segunda-feira (7), o principal índice da bolsa brasileira fechou aos 125.588,09 pontos, com queda de 1,31%.

Já o dólar à vista (USBRL) encerrou as negociações a R$ 5,9106, com avanço de 1,30% sobre o real. 

No cenário doméstico, os investidores repercutiram o Boletim Focus. Os economistas ouvidos pelo Banco Central (BC) mantiveram as projeções para o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) a 5,65% em 2025 e reduziram apenas a estimativa do câmbio — com a previsão de que o dólar encerre o ano a R$ 5,90.

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Altas e quedas no Ibovespa 

Pelo terceiro dia consecutivo, as petroleiras operaram entre as maiores quedas do Ibovespa. Em destaque, Petrobras (PETR3;PETR4), que é uma das ações com maior peso na carteira do principal índice da bolsa brasileira, foi o papel mais negociado no mercado acionário doméstico e encerrou com queda de mais de 3%.

Os papéis da estatal foram pressionados, mais uma vez, pelo desempenho do petróleo no mercado internacional, em meio à escalada de uma guerra comercial. Os contratos mais líquidos do petróleo Brent, referência para o mercado internacional, para junho, encerraram com baixa de 2,08%, a US$ 64,21 o barril, na Intercontinental Exchange (ICE), em Londres.

Além disso, a notícia sobre possível intervenção nos preços repercutiu sobre as ações da petroleira. Segundo a CNN Brasil, o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, procurou a direção da Petrobras para levar cálculos que mostram a viabilidade de uma redução no preço dos combustíveis, tendo como argumentos o aumento da oferta mundial de petróleo e o recuo nas cotações internacionais.

Ainda entre os pesos-pesados, Vale (VALE3) também fechou em forte queda na esteira do minério de ferro. O contrato mais líquido da commodity, para setembro, encerrou a sessão com recuo de 3,29%, a 720 yuans (US$ 98,86) na Bolsa de Dalian, na China.

A ponta negativa, porém, foi liderada por Magazine Luiza (MGLU3). Já a ponta positiva foi dominada por Natura (NTCO3), IRB (Re) (IRBR3) e BTG Pactual (BPAC11).

Exterior 

Nos Estados Unidos, os índices fecharam sem direção única, em mais uma sessão volátil.

O presidente norte-americano, Donald Trump, voltou a endurecer o discurso contra a segunda maior economia do mundo. Em publicação na rede social Truth, Trump disse que, se a China não recuar na tarifa retaliatória, os EUA vão aumentar a alíquota de importação recíproca de 34% para 50% — mantendo a data prevista. Ele ainda afirmou que as negociações sobre as tarifas com Pequim foram encerradas.

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Repórter
Jornalista formada pela PUC-SP, com especialização em Finanças e Economia pela FGV. É repórter do MoneyTimes e já passou pela redação do Seu Dinheiro e setor de análise politica da XP Investimentos.
liliane.santos@moneytimes.com.br
Jornalista formada pela PUC-SP, com especialização em Finanças e Economia pela FGV. É repórter do MoneyTimes e já passou pela redação do Seu Dinheiro e setor de análise politica da XP Investimentos.