Ibovespa recua mais de 1% e afunda aos 125 mil pontos com Petrobras (PETR4) e guerra tarifária; dólar sobe a R$ 5,91

O risco de recessão dos Estados Unidos e a escalada da guerra tarifária derrubaram, mais uma vez, o Ibovespa (IBOV).
Nesta segunda-feira (7), o principal índice da bolsa brasileira fechou aos 125.588,09 pontos, com queda de 1,31%.
Já o dólar à vista (USBRL) encerrou as negociações a R$ 5,9106, com avanço de 1,30% sobre o real.
Pelo terceiro dia consecutivo, as petroleiras operaram entre as maiores quedas do Ibovespa. Em destaque, Petrobras (PETR3;PETR4), que é uma das ações com maior peso na carteira do principal índice da bolsa brasileira, foi o papel mais negociado no mercado acionário doméstico e encerrou com queda de mais de 3%.
Os papéis da estatal foram pressionados, mais uma vez, pelo desempenho do petróleo no mercado internacional, em meio à escalada de uma guerra comercial. Os contratos mais líquidos do petróleo Brent, referência para o mercado internacional, para junho, encerraram com baixa de 2,08%, a US$ 64,21 o barril, na Intercontinental Exchange (ICE), em Londres.
Além disso, a notícia sobre possível intervenção nos preços repercutiu sobre as ações da petroleira. Segundo a CNN Brasil, o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, procurou a direção da Petrobras para levar cálculos que mostram a viabilidade de uma redução no preço dos combustíveis, tendo como argumentos o aumento da oferta mundial de petróleo e o recuo nas cotações internacionais.
Ainda entre os pesos-pesados, Vale (VALE3) também fechou em forte queda na esteira do minério de ferro. O contrato mais líquido da commodity, para setembro, encerrou a sessão com recuo de 3,29%, a 720 yuans (US$ 98,86) na Bolsa de Dalian, na China.
A ponta negativa, porém, foi liderada por Magazine Luiza (MGLU3). Já a ponta positiva foi dominada por Natura (NTCO3), IRB (Re) (IRBR3) e BTG Pactual (BPAC11).
Exterior
Nos Estados Unidos, os índices fecharam sem direção única, em mais uma sessão volátil.
O presidente norte-americano, Donald Trump, voltou a endurecer o discurso contra a segunda maior economia do mundo. Em publicação na rede social Truth, Trump disse que, se a China não recuar na tarifa retaliatória, os EUA vão aumentar a alíquota de importação recíproca de 34% para 50% — mantendo a data prevista. Ele ainda afirmou que as negociações sobre as tarifas com Pequim foram encerradas.
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