Mercados

Ibovespa recua mais de 1% com Bradesco (BBDC4) e possível reajuste do Bolsa Família; dólar sobe a R$ 5,79

07 fev 2025, 18:14 - atualizado em 07 fev 2025, 18:24
Queda Ibovespa
O Ibovespa fechou em queda com recuo de Bradesco após o balanço do 4T24 e tarifas de Trump no radar; na semana, o índice recuou mais de 1% (Imagem: iStock/Lemon_tm)

O Ibovespa (IBOV) perdeu mais de 1.600 mil pontos em um único dia e encerrou com queda de mais de 1%, pressionado pelas ações do Bradesco em reação ao balanço, cenário fiscal voltando a preocupar os investidores e tarifas de Trump.

Nesta sexta-feira (7), o principal índice da bolsa brasileira fechou com queda de 1,27%, aos 124.619,40 pontos. Na semana, o índice caiu 1,20% 

Já o dólar à vista (USBRL) encerrou as negociações a R$ 5,7936 (+0,52%). Na semana, o dólar recuou de 0,74%. 

No cenário doméstico, os investidores voltaram a concentrar as atenções no cenário fiscal com a notícia de que o governo estuda reajustar o programa Bolsa Família em meio à alta dos preços dos alimentos. A medida vai na contramão da visão do mercado de que o Executivo deve cortar gastos e um potencial ajuste no benefício pode aumentar o valor de compra das família e piorar a inflação.

Em entrevista exclusiva à DW Brasil, o ministro do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome (MDS), Wellington Dias, disse que está preparando um relatório para apresentar ao presidente Lula até março.

Altas e quedas no Ibovespa

Com a temporada de balanços pegando tração, hoje foi a vez do Bradesco (BBDC4) divulgar os números do quarto trimestre de 2024 (4T24). O banco reportou lucro recorrente de R$ 5,4 bilhões no 4T24, alta de 87,7% em relação ao mesmo período do ano passado.

Segundo a analista Larissa Quaresma, da Empiricus, o resultado ficou abaixo da expectativa, especialmente retirando o ajuste positivo de R$ 468 milhões vindos de “não-recorrentes”, relacionados majoritariamente ao fechamento de agências.

Em reação, BBDC4 foi o papel mais negociado da B3 nesta sexta-feira (7). As ações caíram mais de 4%.

Ainda entre os pesos-pesados do Ibovespa, Petrobras (PETR4;PETR3) e Vale (VALE3) fecharam em queda com o aumento das tensões sobre as medidas tarifárias de Donald Trump.

Hoje, a ponta positiva foi liderada Totvs (TOTS3) e Cogna (COGN3), na tentativa de recuperar as perdas da semana. Já na ponta negativa, Automob (AMOB3) liderou as perdas pela segunda sessão consecutiva — mais uma vez, sem notícias corporativas.

Na semana, Cogna (COGN3) foi a ação com melhor desempenho com alta de quase 8%. Já Automob (AMOB3) foi o papel que mais desvalorizou com baixa de mais de 19%.

Exterior 

Nos Estados Unidos, as bolsas de Nova York fecharam em tom negativo com a reta final dos balanços corporativos e e reação ao relatório oficial de empregos, o payroll.

O payroll de janeiro apontou a de 143 mil vagas no mês ante a expectativa de 169 mil postos de trabalho. A taxa de desemprego ficou em 4%.

Na avaliação do economista-chefe da Nomad, Danilo Igliori, os números do relatório de emprego de janeiro, o payroll, confirmam a principal mensagem da última reunião do Comitê Federal do Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês): a de que a economia americana apresenta um quadro de estabilidade marcado por desemprego muito baixo e inflação resistente acima da meta.

Após o dado, o mercado reforçou as apostas de que o Federal Reserve deve manter os juros inalterados na reunião de março. Os agentes financeiros também passaram a esperar apenas um corte de 25 pontos-base nos juros até o final do ano, com o mês de junho sendo o mais provável.

Além disso, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trumpafirmou que vai anunciar tarifas recíprocas para muitos países na próxima semana. 

Confira o fechamento dos índices de Nova York:

  • Dow Jones: -0,99%, aos 44.303,40 pontos;
  • S&P 500: -0,95%, aos 6.025,99 pontos;
  • Nasdaq: -1,36%, aos 19.523,40 pontos.

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Repórter
Jornalista formada pela PUC-SP, com especialização em Finanças e Economia pela FGV. É repórter do MoneyTimes e já passou pela redação do Seu Dinheiro e setor de análise politica da XP Investimentos.
liliane.santos@moneytimes.com.br
Jornalista formada pela PUC-SP, com especialização em Finanças e Economia pela FGV. É repórter do MoneyTimes e já passou pela redação do Seu Dinheiro e setor de análise politica da XP Investimentos.
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