Mercados

Ibovespa tem alta com bancos e Vale (VALE3) e retoma os 126 mil pontos; dólar cai a R$ 5,76

06 fev 2025, 18:34 - atualizado em 06 fev 2025, 18:40
Ibovespa, BDRs, BTG Pactual
O Ibovespa teve mais um dia positivo com bancos, após resultado do Itaú (ITUB4); forte alta da Vale (VALE3) também deu fôlego ao índice (Imagem: Leung Cho Pan/Canva)

O Ibovespa (IBOV) estendeu os ganhos da sessão anterior, apoiado por bancos e Vale (VALE3), mais uma vez.

Nesta quinta-feira (6), o principal índice da bolsa brasileira fechou com alta de 0,55%, aos 126.224,74 pontos. 

Já o dólar à vista (USBRL) encerrou as negociações a R$ 5,7639 (-0,52%). 

No cenário doméstico, sem indicadores econômicos relevantes, os investidores repercutiram novas declarações do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O chefe do Executivo disse que a economia brasileira “vive o seu melhor momento” e afirmou não ter dúvidas de que o Produto Interno Bruto (PIB) seguirá crescendo.

Ele ainda afirmou que a cotação do dólar ante o real está voltando à normalidade e que a inflação está “totalmente controlada”, em entrevista  às rádios Metrópole e Sociedade, localizadas na Bahia.

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Altas e quedas no Ibovespa

Depois do Santander (SANB11), hoje foi a vez do Itaú (ITUB4) divulgar os números do quarto trimestre de 2024.

O bancão registrou lucro recorrente gerencial de R$ 10,9 bilhões no quarto trimestre de 2024, alta de 15,8% ante o mesmo período do ano passado, com aumento de rentabilidade e queda dos principais indicadores de inadimplência.

Os holofotes também se concentraram nas companhias aéreas. Mais cedo, o ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, afirmou que o governo federal estima um prazo de 12 meses para a conclusão do processo de fusão entre as companhias. As ações da Azul (AZUL4) e da Gol (GOLL4) fecharam em forte alta.

Entre as ações com melhor desempenho no dia do Ibovespa, as da Raízen (RAIZ4) saltaram mais de 10% durante o pregão com a notícia de a companhia estuda aumentar o capital para “aliviar” a dívida do grupo Cosan. A informação é do Valor Econômico.

Mas a ponta positiva foi liderada por ações cíclicas, com o alívio nos juros futuros de curtíssimo e curto prazo, com destaque para Cogna (COGN3).

Já na ponta negativa, Automob (AMOB3) voltou a liderar as perdas sem notícias corporativas. Embraer (EMBR3) também recuou em movimento de realização de ganhos da véspera (5). 

Entre os pesos-pesados, Petrobras (PETR4;PETR3) acompanhou o recuo do petróleo e Vale (VALE3) fechou em alta na esteira do minério de ferro, que subiu quase 2% na China.

Exterior 

Nos Estados Unidos, as bolsas de Nova York terminaram a sessão sem direção única na reta final dos balanços corporativos e à espera do relatório oficial de empregos, o payroll.

O mercado seguiu acompanhando os desdobramentos da política tarifária do governo Trump, em temor de uma guerra comercial com a China. A União Europeia também entrou no radar.

O indicado do presidente Donald Trump para exercer o cargo de representante comercial dos Estados Unidos, Jamieson Greer, disse que está analisando o potencial da implementação de tarifas de importação universais como uma forma de reverter o déficit comercial do país.

Na seara econômica, o número de norte-americanos que entraram com novos pedidos de auxílio-desemprego teve uma leve alta na semana passada. Agora, os investidores aguaram o payroll de janeiro, previsto para amanhã (7). Os economistas consultados pela Dow Jones esperam um crescimento de 169.000 empregos no mês, o que é uma desaceleração em relação a dezembro — em que foram criados 256 mil postos de trabalho.

Confira o fechamento dos índices de Nova York:

  • Dow Jones: -0,28%, aos 44.747,63 pontos;
  • S&P 500: +0,36%, aos 6,0,83,57 pontos;
  • Nasdaq: +0,51%, aos 19.791,99 pontos.

Já na Europa, os índices subiram forte impulsionados por empresas de mineração após uma série de balanços corporativos positivos, enquanto investidores avaliaram a probabilidade de um plano de paz na Ucrânia. O índice pan-europeu Stoxx 600 fechou em alta de 1,17%, a 544,84 pontos.

Repórter
Jornalista formada pela PUC-SP, com especialização em Finanças e Economia pela FGV. É repórter do MoneyTimes e já passou pela redação do Seu Dinheiro e setor de análise politica da XP Investimentos.
liliane.santos@moneytimes.com.br
Jornalista formada pela PUC-SP, com especialização em Finanças e Economia pela FGV. É repórter do MoneyTimes e já passou pela redação do Seu Dinheiro e setor de análise politica da XP Investimentos.