A um passo do paraíso: Os fatores que fazem Ibovespa disparar nesta quarta-feira (2)
O Ibovespa dispara nesta quarta-feira em meio ao aumento feito que pegou de surpresa parte do mercado, do rating do Brasil, que subiu de Ba2 para Ba1.
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Com isso, o país fica a apenas um passo do tão sonhado grau de investimentos, quando ganha a chancela de bom pagador no mercado internacional.
Por volta das 12h54, o índice tinha ganhos de 1,20%, a 134.089 pontos.
Segundo analistas, o voto de confiança da Moodys ajuda a aliviar a curva de juros, pelo menos no curto prazo, o que dá impulso aos papéis. Construtoras lideram os ganhos.
De acordo com a agência classificadora de risco, a atualização reflete melhorias materiais de crédito que espera que continuem, incluindo um desempenho de crescimento mais robusto do que o avaliado anteriormente e um histórico crescente de reformas econômicas e fiscais que emprestam resiliência ao perfil de crédito.
A notícia foi amplamente celebrada no Ministério da Fazenda.
Em Brasília, Fernando Haddad pontuou que o relatório está em linha com o que o ministério defende e disse que, caso o governo continue “sem baixar a guarda” em relação às despesas e às receitas, será possível encerrar o mandato com o grau de investimento.
Bruno Komura, Potenza Investimentos, lembra ainda que um efeito adicional foi o fechamento na curva de juros americana por conta das incertezas.
“A curva de juros aqui no Brasil tende a acompanhar lá fora porque não devemos ter impactos negativos da guerra”.
Ibovespa: Commodities também ajuda
O analista Victor Benndorf, porém, afirma que as commodities são a principal razão para alta da bolsa nesta quarta. O mercado continua repercutindo o pacote de estímulos da China.
“Petróleo segurando os US$ 71 e tentando pull back, colabora bem com Petrobras (PETR4).
Porém, para ele, os fundamentos para o petróleo seguem negativos para o médio a longo prazo.
Os preços do petróleo avançam nesta quarta-feira (2) com o aumento da tensão no Oriente Médio, após o Irã disparou mísseis contra Israel. Embora parte dos mísseis tenha sido interceptada pelo sistema aérea de defesa israelense, há relatos de feridos pelos estilhaços.
“Por enquanto, a nossa visão consiste em melhoras de curto prazo apenas; impactos positivos mais duradouros devem vir do fiscal (governo retomando credibilidade novamente)”, explica.