Ibovespa ignora perdas de NY e sustenta alta aos 132 mil pontos com Braskem (BRKM5); dólar sobe a R$ 5,73

O Ibovespa (IBOV) estendeu os ganhos da véspera e sustentou os 132 mil pontos pela segunda sessão consecutiva, na contramão dos índices de Wall Street. Nesta quarta-feira (26), o principal índice da bolsa brasileira fechou com avanço de 0,34%, aos 132.519,63 pontos — no maior nível desde 2 de outubro do ano passado.
Já o dólar à vista (USBRL) encerrou as negociações a R$ 5,7328, com alta de 0,41%.
Altas e quedas no Ibovespa
A ponta positiva do Ibovespa foi liderada por Braskem (BKRM5). Os papéis ganharam força com um novo rumor sobre a venda da fatia da Novonor na petroquímica.
Segundo o Valor Econômico, os cinco bancos credores da Novonor – Itaú, Bradesco, Santander, Banco do Brasil e BNDES – decidiram executar as ações da Braskem dadas como garantia por dívidas de cerca de R$ 15 bilhões.
Já a ponta negativa foi liderada por Automob (AMOB3), com queda de mais de 7%. Ontem (25), o conselho de administração da companhia aprovou a proposta de grupamento de ações na proporção de 50 para 1. Agora, a decisão será submetida à Assembleia Geral Ordinária e Extraordinária.
Entre os pesos-pesados, Petrobras (PETR4;PETR3) e Vale (VALE3) terminaram a sessão, mais uma vez, em alta na esteira das commodities.
O petróleo Brent, referência para o mercado internacional, para junho teve leve ganho de 0,93%, a US$ 72,06 o barril na Intercontinental Exchange (ICE). Já o contrato mais negociado do minério de ferro, para maio, fechou com alta 0,19%, a 780 yuans (US$ 107,46) a tonelada na Bolsa de Mercadorias de Dalian (DCE) da China.
Exterior
Nos Estados Unidos, as bolsas de Nova York interromperam a sequência de altas com a pressão das tarifas de importação.
No final da tarde, o presidente Donald Trump confirmou a criação de taxas para carros importados no país. Ele deve dar mais detalhes sobre as tarifas ainda hoje, em entrevista coletiva.
No início da semana, Trump já havia afirmado que as tarifas sobre carros importados seriam anunciadas em breve, mesmo antes de uma série de tarifas recíprocas a diversos países que têm relações comerciais com os EUA — que devem entrar em vigor em 2 de abril.
As declarações de autoridades do Federal Reserve (Fed) também dividiram as atenções. O presidente da unidade do Fed de Minneapolis, Neel Kashkari, disse que não tem certeza sobre o efeito das tarifas de Trump sobre a economia, com a possibilidade de que elas possam elevar os preços ou desacelerar o crescimento econômico.
Já o presidente da unidade do Fed de St. Louis, Alberto Musalem, afirmou que as tarifas de importação podem desencadear inflação mais persistente no país.
Confira o fechamento dos índices de Nova York:
- Dow Jones: -0,31%, aos 42.454,79 pontos;
- S&P 500: -1,12%, aos 5.712,20 pontos;
- Nasdaq: -2,04%, aos 17.899,01 pontos.