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Ibovespa tem leve alta com Petrobras (PETR4) e salta mais de 2% na semana; dólar sobe a R$ 5,71

21 mar 2025, 17:19 - atualizado em 21 mar 2025, 17:30
Day Trade, Investimentos, Mercados, Empresas
Ibovespa fechou em leve alta e sustenta aos 132 mil pontos com apoio de Petrobras e recuperação de NY; índice subiu mais de 2% na semana (Imagem: REUTERS/Amanda Perobelli)

O Ibovespa (IBOV) viveu uma ‘montanha-russa’ em dia de vencimento de opções, com leve recuperação das bolsas de Nova York e avanço nas ações da Petrobras (PETR4;PETR3).

Nesta sexta-feira (21), o principal índice da bolsa brasileira fechou com alta de 0,30%, aos 132.344,88 pontos. Na semana, o índice subiu 2,63%.

Já o dólar à vista (USBRL) encerrou as negociações a R$ 5,7177, com alta de 0,49%. A divisa completou a terceira semana consecutiva de perdas ante o real, com recuo de 0,45% acumulado nos últimos cinco pregões. 

No cenário doméstico, o mercado seguiu em compasso de espera pela ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), que deve trazer mais detalhes sobre a decisão de política monetária desta semana.

Na última quarta-feira (19), o Copom elevou a Selic para 14,25% ao ano — cumprindo o guidance dado em dezembro. No comunicado, o colegiado do Banco Central sinalizou uma nova alta na taxa básica de juros na próxima reunião, em maio.

Hoje (21), a ministra de Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, afirmou que espera uma melhora nas próximas decisões do Copom sobre os juros e também que a autarquia leve em consideração a situação econômica atual nas futuras reuniões.

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Altas e quedas no Ibovespa 

Os balanços corporativos movimentaram o pregão desta sexta-feira (21). As ações da Automob (AMOB3) despencaram mais de 13% durante o pregão e lideraram as perdas do Ibovespa.

O grupo de concessionárias de veículos teve prejuízo líquido de R$ 101 milhões entre outubro e dezembro do ano passado, revertendo resultado ligeiramente positivo de um ano antes.

Cemig (CMIG4) também caiu fortemente após divulgar queda de quase 50% no lucro líquido, a R$ 998 milhões. E, para completar, a tríade dos papéis que mais caíram:  Petz (PETZ3) recuou após registrar um prejuízo líquido de R$ 43,1 milhões, ante resultado positivo de R$ 5,1 milhões no mesmo período em 2023.

Já na ponta positiva do índice, Brava Energia (BRAV3) está entre os destaques positivos mesmo após reportar um prejuízo líquido pró-forma de R$ 1,02 bilhão no quarto trimestre de 2024.

Para o BTG Pactual, a tese da companhia precisa se provar, mas há diversos catalisadores positivos. O último trimestre de 2024 foi um possível ponto de inflexão na história da Brava, que surgiu da fusão entre a 3R Petroleum e a Enautra, na avaliação do banco.

Entre os pesos-pesados, o tom foi misto. Petrobras (PETR4;PETR3) subiu mais de 1%, acompanhando o desempenho do petróleo. Vale (VALE3) recuperou parte das perdas e fechou em leve alta.

Exterior 

Nos Estados Unidos, as bolsas de Nova York fecharam em queda, em dia conhecido como “quadruple witching” – que é quando as opções de ações, futuros de índices, opções de índices e futuros de ações expiram.

Hoje (21), o presidente Donald Trump disse que haverá “flexibilidade” no plano de tarifas recíprocas, mas confirmou que as taxas entram em vigor a partir de 2 de abril.

Os investidores também reagiram a novas declarações de autoridades do Federal Reserve (Fed). O presidente do BC norte-americano da unidade de Nova York, John Williams, afirmou que ainda é muito cedo para determinar o impacto das tarifas de Trump sobre a inflação, acrescentando que há riscos crescentes para as perspectivas econômicas e que o Fed tem tempo para decidir a direção da taxa de juros.

Confira o fechamento dos índices de Nova York: 

  • Dow Jones: +0,08%, aos 41.985,35 pontos;
  • S&P 500: +0,08%, aos 5.667,56 pontos;
  • Nasdaq: +0,52%, aos 17.784,05 pontos.

Na semana, o S&P interrompeu a sequência de quatro perdas consecutivas e encerrou com leve alta.

Repórter
Jornalista formada pela PUC-SP, com especialização em Finanças e Economia pela FGV. É repórter do MoneyTimes e já passou pela redação do Seu Dinheiro e setor de análise politica da XP Investimentos.
liliane.santos@moneytimes.com.br
Jornalista formada pela PUC-SP, com especialização em Finanças e Economia pela FGV. É repórter do MoneyTimes e já passou pela redação do Seu Dinheiro e setor de análise politica da XP Investimentos.