Ibovespa acompanha tom negativo de NY e fecha em baixa aos 131 mil pontos; dólar sobe a R$ 5,67

O Ibovespa (IBOV) voltou ao tom negativo depois de seis altas consecutivas. O índice não conseguiu driblar o mau humor dos mercados após as decisões de política monetária no Brasil e nos Estados Unidos, com os investidores calibrando as expectativas futuras.
Nesta quinta-feira (20), o principal índice da bolsa brasileira fechou com queda de 0,42%, aos 131.954,90 pontos.
Já o dólar à vista (USBRL) encerrou as negociações a R$ 5,6758, com alta de 0,49%.
Altas e quedas no Ibovespa
Entre os ativos negociados no Ibovespa, Minerva (BEEF3) liderou os ganhos e fechou com alta de mais de 8% em reação ao balanço do quarto trimestre de 2024 (4T24).
A companhia reportou um prejuízo de R$ 1,567 bilhões entre outubro e dezembro, contra um resultado líquido negativo de R$ 19,8 milhões no mesmo período de 2023.
Apesar do número negativo, o Goldman Sachs disse que a empresa apresentou um trimestre forte, superando em 21% o consenso da Bloomberg no nível de Ebitda, com o Brasil sendo novamente o principal responsável pelas surpresas no trimestre.
Já a ponta negativa foi liderada por Embraer (EMBR3), mesmo com a valorização do dólar ante o real. Os papéis foram pressionados por um movimento de realização de ganhos. Após ter subido mais de 150% no ano passado, a fabricante de aeronaves já acumula valorização de 32% nos primeiros três meses de 2025.
Entre os pesos-pesados, o tom foi misto. Petrobras (PETR4;PETR3) fechou em leve alta, na esteira do petróleo, que subiu mais de 1% na sessão. Vale (VALE3) fechou em queda.
Exterior
Nos Estados Unidos, as bolsas de Nova York fecharam em leve queda, mesmo com as ações do setor de tecnologia subindo mais de 1%.
A decisão sobre os juros do Federal Reserve (Fed) também continuou a repercutir hoje. Na véspera, o Comitê Federal do Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês) manteve as taxas inalteradas, no intervalo de 4,25% a 4,50% ao ano. Também manteve a projeção de dois cortes, de 25 pontos-base, nos juros em 2025 no gráfico de pontos (dot plot)— enquanto o mercado esperava uma revisão para apenas um corte.
O Fed, porém, elevou as projeções de inflação para 2025 e 2026. A autoridade monetária norte-americana também projeta um Produto Interno Bruto (PIB) mais fraco e desemprego maior.
Entre os dados, o número de norte-americanos que entraram com novos pedidos de auxílio-desemprego aumentou ligeiramente na semana passada.
Os pedidos iniciais de auxílio-desemprego do país aumentaram em 2.000, para 223.000 em dado com ajuste sazonal, na semana encerrada em 15 de março, segundo o Departamento do Trabalho. Os economistas consultados pela Reuters previam 224.000 pedidos.
Confira o fechamento dos índices de Nova York:
- Dow Jones: -0,03%, aos 41.953,35 pontos;
- S&P 500: -0,22%, aos 5.662,89 pontos;
- Nasdaq: -0,33%, aos 17.619,63 pontos.