Mercados

Ibovespa acompanha tom negativo de NY e fecha em baixa aos 131 mil pontos; dólar sobe a R$ 5,67

20 mar 2025, 17:30 - atualizado em 20 mar 2025, 17:55
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O Ibovespa interrompeu a sequência de ganhos e fechou em queda com reação ao Copom e aversão ao risco no exterior (Imagem: MariuszBlach/Getty Images)

O Ibovespa (IBOV) voltou ao tom negativo depois de seis altas consecutivas. O índice não conseguiu driblar o mau humor dos mercados após as decisões de política monetária no Brasil e nos Estados Unidos, com os investidores calibrando as expectativas futuras.

Nesta quinta-feira (20), o principal índice da bolsa brasileira fechou com queda de 0,42%, aos 131.954,90 pontos.

Já o dólar à vista (USBRL) encerrou as negociações a R$ 5,6758, com alta de 0,49%. 

No cenário doméstico, o mercado reagiu à decisão do Copom de elevar a Selic para 14,25% ao ano — cumprindo o guidance dado em dezembro. No comunicado, o colegiado do Banco Central sinalizou uma nova alta na taxa básica de juros na próxima reunião, em maio.

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que tem confiança de que o BC “olhará dados e levará a inflação para a meta com inteligência”, em entrevista à GloboNews, no final da tarde.

Altas e quedas no Ibovespa 

Entre os ativos negociados no Ibovespa, Minerva (BEEF3) liderou os ganhos e fechou com alta de mais de 8% em reação ao balanço do quarto trimestre de 2024 (4T24).

A companhia reportou um prejuízo de R$ 1,567 bilhões entre outubro e dezembro, contra um resultado líquido negativo de R$ 19,8 milhões no mesmo período de 2023.

Apesar do número negativo, o Goldman Sachs disse que a empresa apresentou um trimestre forte, superando em 21% o consenso da Bloomberg no nível de Ebitda, com o Brasil sendo novamente o principal responsável pelas surpresas no trimestre.

Já a ponta negativa foi liderada por Embraer (EMBR3), mesmo com a valorização do dólar ante o real. Os papéis foram pressionados por um movimento de realização de ganhos. Após ter subido mais de 150% no ano passado, a fabricante de aeronaves já acumula valorização de 32% nos primeiros três meses de 2025.

Entre os pesos-pesados, o tom foi misto. Petrobras (PETR4;PETR3) fechou em leve alta, na esteira do petróleo, que subiu mais de 1% na sessão. Vale (VALE3) fechou em queda.

Exterior 

Nos Estados Unidos, as bolsas de Nova York fecharam em leve queda, mesmo com as ações do setor de tecnologia subindo mais de 1%.

A decisão sobre os juros do Federal Reserve (Fed) também continuou a repercutir hoje. Na véspera, o Comitê Federal do Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês) manteve as taxas inalteradas, no intervalo de 4,25% a 4,50% ao ano. Também manteve a projeção de dois cortes, de 25 pontos-base, nos juros em 2025 no gráfico de pontos (dot plot)— enquanto o mercado esperava uma revisão para apenas um corte.

O Fed, porém, elevou as projeções de inflação para 2025 e 2026. A autoridade monetária norte-americana também projeta um Produto Interno Bruto (PIB) mais fraco e desemprego maior.

Entre os dados, o número de norte-americanos que entraram com novos pedidos de auxílio-desemprego aumentou ligeiramente na semana passada.

Os pedidos iniciais de auxílio-desemprego do país aumentaram em 2.000, para 223.000 em dado com ajuste sazonal, na semana encerrada em 15 de março, segundo o Departamento do Trabalho. Os economistas consultados pela Reuters previam 224.000 pedidos.

Confira o fechamento dos índices de Nova York: 

  • Dow Jones: -0,03%, aos 41.953,35 pontos;
  • S&P 500: -0,22%, aos 5.662,89 pontos;
  • Nasdaq: -0,33%, aos 17.619,63 pontos.

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Repórter
Jornalista formada pela PUC-SP, com especialização em Finanças e Economia pela FGV. É repórter do MoneyTimes e já passou pela redação do Seu Dinheiro e setor de análise politica da XP Investimentos.
liliane.santos@moneytimes.com.br
Jornalista formada pela PUC-SP, com especialização em Finanças e Economia pela FGV. É repórter do MoneyTimes e já passou pela redação do Seu Dinheiro e setor de análise politica da XP Investimentos.
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