Ibovespa encosta nos 140 mil pontos em novo recorde apoiado por Galípolo e risco fiscal nos EUA; dólar cai a R$ 5,65

Ibovespa renovou recordes com falas de Galípolo e após o rebaixamento de rating dos EUA pela Moody's, favorecendo mercados emergentes (Imagem: Shutterstock)

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O Ibovespa (IBOV) continuou em ritmo de ganhos e renovou as máximas históricas, enquanto Wall Street operou em tom negativo.

Nesta segunda-feira (19), o principal índice da bolsa brasileira fechou aos 139.636,41 pontos, com leve alta de 0,32%, no maior nível nominal da história. O recorde anterior foi registrado na última quinta-feira (15), quando o índice encerrou aos 139.334,38 pontos.

Durante a sessão, o Ibovespa superou os 140 mil pontos pela primeira vez. 

Já o dólar à vista (USBRL) encerrou as negociações a R$ 5,6695, com queda de 0,16% ante o real. 

No cenário doméstico, os investidores reagiram a dados econômicos e falas de autoridades do Banco Central.

O Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br) ficou acima do esperado. A prévia do Produto Interno Bruto (PIB) subiu 0,8% em março, após uma alta de 0,5% em fevereiro, e acumula avanço de 4,2% em 12 meses.

Já o presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, afirmou que os juros devem permanecer elevados por mais tempo, mas sem fazer uma orientação futura (guidance).

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O Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) emitiu novas atualizações sobre o plano de contingência em razão da emergência causada pela gripe aviária. Na última sexta-feira (16), o Mapa confirmou o primeiro caso em uma granja comercial em Montenegro (RS). Novos focos estão sendo investigados, entre eles, um em Santa Catarina.

Até agora, nove países suspenderam a importações de carne de frango temporariamente.

Nos Estados Unidos, os índices de Wall Street ganharam força na reta final do pregão e encerraram a sessão em leve alta. Na última sexta-feira (16), a Moody’s rebaixou  a nota de crédito soberano do país, de “AAA” para “AA1”. Na decisão, a agência de risco citou os desafios de financiamento vinculados ao crescente déficit orçamentário do governo federal e as implicações da rolagem da dívida norte-americana existente em um período de altos custos de empréstimos.

A Moody’s foi a última das três grandes avaliadoras de risco a manter o triplo A dos EUA.

Somado a isso, o Comitê de Orçamento da Câmara aprovou o pacote orçamentário de Donald Trump, chamada por ele de “Beautiful Bill“, no último domingo (18).  A expectativa é de que a proposta seja votada no plenário ainda nesta semana. A análise do mercado é de que o “Beautiful Bill” pode aumentar a dívida pública para aproximadamente US$ 37 trilhões, o que equivale a 7,8% do Produto Interno Bruto (PIB) do país.

O presidente Donald Trump também anunciou o início das negociações de cessar-fogo entre Rússia e Ucrânia, após um telefonema com o presidente da Rússia, Vladimir Putin. Em uma postagem no Truth Social, Trump disse que o Vaticano, “representado pelo papa, declarou que estaria muito interessado em sediar as negociações. Que o processo comece!”

Confira o fechamento dos índices de Nova York:

• Dow Jones: +0,32%, aos 42.792,07 pontos;
• S&P 500: +0,09%, aos 5.963,60 pontos; 
• Nasdaq: +0,02%, aos 19.215,46 pontos.

Com o novo avanço, o índice S&P 500 completou o sexto dia de ganhos consecutivos.