Mercados

Ibovespa avança com NY e registra maior série de ganhos em sete meses à espera do Copom; dólar cai a R$ 5,64

19 mar 2025, 17:26 - atualizado em 19 mar 2025, 17:29
Ibovespa, BDRs, BTG Pactual
O Ibovespa superou os 132 mil pontos e atingiu a maior série histórica de ganhos desde agosto de 2024; mercado reagiu ao Fed e seguiu na expectativa pelo Copom (Imagem: Leung Cho Pan/Canva)

O Ibovespa (IBOV) encerrou a sessão em alta pelo sexto dia consecutivo, na maior série de ganhos desde agosto de 2024. O tom positivo foi impulsionado pelos índices de Wall Street, que subiram 1% após o Federal Reserve (Fed) manter os juros inalterados.

Nesta quarta-feira (19), o principal índice da bolsa brasileira fechou com alta de 0,79%, aos 132.508,45 pontos — no maior nível desde 2 de outubro de 2024. 

Já o dólar à vista (USBRL) encerrou as negociações a R$ 5,6480, com queda de 0,42% — no menor patamar desde 15 de outubro do ano passado. 

No cenário doméstico, o mercado operou na expectativa pela decisão sobre os juros, que será divulgada após o fechamento dos mercados. O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central deve elevar os juros em 1 ponto percentual, para 14,25% ao ano — cumprindo o guidance dado em dezembro.

As atenções ficarão concentradas no comunicado, já que o mercado espera novas sinalizações de altas na Selic.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Altas e quedas no Ibovespa 

Entre os ativos negociados no Ibovespa, Vivara (VIVA3) liderou os ganhos com reação ao balanço do quarto trimestre de 2024 (4T24). 

A rede de joalheiras registrou lucro de R$ 299,4 milhões no período, quase dobrando o registrado no mesmo período de 2024. No fechado do ano de 2024, o lucro líquido foi de R$ 653,393 milhões, alta de 71,4% ante o ano anterior.

Na avaliação do BTG Pactual, os resultados apresentados são decentes e os números operacionais vieram em linha com o esperado.

Já a ponta negativa foi liderada por Hapvida (HAPV3) na expectativa pelos resultados do 4T24, com a divulgação prevista para hoje depois do fechamento dos mercados. Os papéis foram pressionados pelos dados pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), que geraram ruídos para a companhia. 

Entre os pesos-pesados, o tom foi misto. Petrobras (PETR4;PETR3) fechou estável, com o petróleo encerrando a sessão em alta. Vale (VALE3) teve mais um dia de queda na esteira do minério de ferro.

Exterior 

Nos Estados Unidos, as bolsas de Nova York fecharam em forte alta com a decisão sobre os juros do Federal Reserve (Fed) sem surpresas.

O Comitê Federal do Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês) manteve as taxas inalteradas, no intervalo de 4,25% a 4,50% ao ano. Também manteve a projeção de dois cortes, de 25 pontos-base, nos juros em 2025 no gráfico de pontos (dot plot)— enquanto o mercado esperava uma revisão para apenas um corte.

O Fed, porém, elevou as projeções para inflação para 2025 e 2026. A autoridade monetária norte-americana também projeta um Produto Interno Bruto (PIB) mais fraco e desemprego maior.

Confira o fechamento dos índices de Nova York: 

  • Dow Jones: +0,92%, aos 41.964,63 pontos;
  • S&P 500: +1,08%, aos 5.675,29 pontos;
  • Nasdaq: +1,41%, aos 17.750,79 pontos.
Repórter
Jornalista formada pela PUC-SP, com especialização em Finanças e Economia pela FGV. É repórter do MoneyTimes e já passou pela redação do Seu Dinheiro e setor de análise politica da XP Investimentos.
liliane.santos@moneytimes.com.br
Jornalista formada pela PUC-SP, com especialização em Finanças e Economia pela FGV. É repórter do MoneyTimes e já passou pela redação do Seu Dinheiro e setor de análise politica da XP Investimentos.