Mercados

Ibovespa tem leve queda à espera de relatório de Vale (VALE3); dólar sobe a R$ 5,89

15 abr 2025, 17:23 - atualizado em 15 abr 2025, 17:27
Ibovespa fechou em leve queda após subir mais de 1% na véspera; os investidores operaram na expectativa pelo relatório trimestral de Vale e apresentação do Orçamento de 2026 (Imagem: Canva)

O Ibovespa (IBOV) devolveu parte dos ganhos da véspera, encerrando o pregão em tom negativo puxado pelos índices de Wall Street, em meio a incertezas sobre a guerra comercial iniciada pelo “tarifaço” do governo do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.

Nesta terça-feira (15), o principal índice da bolsa brasileira fechou aos 129.245,39 pontos, com baixa de 0,16%.

Já o dólar à vista (USBRL) encerrou as negociações a R$ 5,8900, com alta de 0,66% sobre o real. 

No cenário doméstico, os investidores operaram na expectativa pela apresentação do Projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias (PLDO) de 2026 do governo para o Congresso Nacional. 

O documento, além de projetar metas fiscais, estimativas de inflação, crescimento do Produto Interno Bruto (PIB), trajetória da dívida, limites de despesas, valores de emendas parlamentares e revisão de gastos públicos, também prevê o valor do salário mínimo — que deve contemplar uma faixa em torno de R$ 1.627 a partir de janeiro de 2026.

Altas e quedas no Ibovespa 

Entre os destaques do Ibovespa, Vale (VALE3) operou entre as ações mais negociadas do mercado acionário brasileiro. Os papéis da mineradora caíram mais de 1%, na contramão do desempenho do minério de ferro na China.

Os investidores operaram na expectativa do relatório trimestral de vendas e produção do primeiro trimestre de 2025 (1T25), considerado uma “prévia” do balanço da companhia. Nas contas do Bradesco BBI, a mineradora deve reportar a venda de 66 milhões de toneladas — um aumento de 3% na base anual. 

A ponta negativa, porém, foi liderada por Azul (AZUL4), em realização dos ganhos recentes. Na véspera, as ações da companhia aérea dispararam mais de 12%, em reação ao anúncio da oferta pública primária de ações preferenciais, que pode levantar até R$ 4,1 bilhões — a maior no país em quase dois anos.

Já a ponta positiva foi liderada por Marcopolo (POMO4), com alta de mais de 7%. Além de uma recuperação das perdas recentes, os papéis da empresa foram beneficiados pelo otimismo dos investidores em relação à economia da Argentina, um dos principais destinos dos produtos fabricados pela companhia e também um dos polos de atuação por meio da Metalsur. No fim de semana, o país vizinho mudou o regime cambial e anunciou um acordo de financiamento com o Fundo Monetário Internacional (FMI). 

Exterior 

Nos Estados Unidos, os índices de Wall Street encerraram em leve queda, com os investidores monitorando a escalada de tensão entre o país e a China.

Hoje (15), o presidente Donald Trump acusou Pequim de descumprir acordo com os agricultores e com a Boeing.

“Nossos agricultores são grandes, mas por causa de sua grandeza, eles são sempre colocados na linha de frente com nossos adversários, como a China, sempre que há uma negociação comercial ou, neste caso, uma guerra comercial”, disse Trump na rede social Truth Social. “Curiosamente, eles simplesmente renegaram o grande acordo com a Boeing, dizendo que “não tomarão posse” do compromisso total com aeronaves”, acrescentou o presidente dos EUA.

Nesta terça-feira (15), a China ordenou que as suas companhias aéreas não recebam mais jatos da empresa norte-americana Boeing, em uma nova retaliação às tarifas impostas por Trump. Até agora, os EUA impuseram uma alíquota de 145% sobre os produtos chineses que entrarem no país.

Confira o fechamento dos índices de Wall Street: 

  • Dow Jones: -0,38%, aos 40.368,96 pontos
  • S&P 500: -0,17%, aos 5.396,63 pontos
  • Nasdaq: -0,05%, aos 16.823,17 pontos

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Repórter
Jornalista formada pela PUC-SP, com especialização em Finanças e Economia pela FGV. É repórter do MoneyTimes e já passou pela redação do Seu Dinheiro e setor de análise politica da XP Investimentos.
liliane.santos@moneytimes.com.br
Jornalista formada pela PUC-SP, com especialização em Finanças e Economia pela FGV. É repórter do MoneyTimes e já passou pela redação do Seu Dinheiro e setor de análise politica da XP Investimentos.
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