Ibovespa sobe aos 126 mil pontos com disparada de Carrefour (CRFB3); dólar cai a R$ 5,76
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O Ibovespa (IBOV) teve o segundo dia de alta embalada pelas commodities e desaceleração da inflação. As ameaças do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de taxar aço e alumínio ficaram, mais uma vez, em segundo plano.
Nesta terça-feira (11), o principal índice da bolsa brasileira fechou com alta de 0,76%, aos 126.521,66 pontos.
Já o dólar à vista (USBRL) encerrou as negociações a R$ 5,7678 (-0,31%).
Altas e quedas no Ibovespa
Entre os destaques do Ibovespa, os papéis do Carrefour Brasil (CRFB3), também conhecido como Atacadão, superaram alta de mais de 15% durante o pregão e lideraram os ganhos do principal índice da bolsa brasileira.
O motivo por trás da forte alta é a notícia de que o controlador — a rede francesa Carrefour S.A — do Carrefour Brasil — propôs converter a empresa brasileira em subsidiária integral, com a saída da varejista brasileira da B3.
- Confira os detalhes em: CRFB3: Carrefour propõe fechar capital de filial no Brasil; como ficam os acionistas?
As ações da TIM (TIMS3) também registraram forte alta, em reação ao balanço. A operadora reportou um lucro líquido normalizado de R$ 1,06 bilhão no período, avanço de 17,1% na comparação com o mesmo período em 2023, enquanto analistas esperavam um lucro de R$ 1 bilhão, segundo estimativas compiladas pela LSEG.
Entre os pesos-pesados do Ibovespa, Petrobras (PETR4;PETR3) encerrou o dia em alta, acompanhando o desempenho do petróleo. Já Vale (VALE3) teve um desempenho negativo.
Na ponta negativa do Ibovespa, Automob (AMOB3) realizou os ganhos da véspera e caiu mais de 3%. Azul (AZUL4) também figurou entre as maiores quedas pelo terceiro dia consecutivo, com o avanço do petróleo. A alta da commodity tende a elevar os preços dos combustíveis, entre ele o querosene utilizado na avião, aumentando os custos das companhias aéreas.
Exterior
Nos Estados Unidos, as bolsas de Nova York terminaram as negociações sem direção única em reação à declarações do presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, e temor sobre tarifas comerciais impostas pelo presidente Donald Trump.
Em audiência no Senado, o chefe do BC norte-americano afirmou que não há pressa para cortar os juros — hoje na faixa de 4,25% a 4,50% ao ano.
“Com nossa postura política agora significativamente menos restritiva do que era e a economia permanecendo forte, não precisamos ter pressa para ajustar nossa postura política”, disse Powell. “A economia está forte no geral e fez progressos significativos em direção às nossas metas nos últimos dois anos.”
Ontem (10), Trump confirmou a imposição de uma tarifa de 25% sobre as importações de aço e alumínio no território norte-americano. Para os agentes financeiros, as medidas podem destravar uma nova guerra comercial, com impacto na inflação e crescimento econômico global.
Os investidores também operaram à espera do índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) de janeiro, que será divulgado amanhã (12). Embora o índice não seja o preferido do Fed, ele é acompanhado pelo mercado para calibrar as expectativas e apostas sobre a trajetória dos juros na maior economia do mundo.
Confira o fechamento dos índices de Nova York:
- Dow Jones: +0,28%, aos 44.593,65 pontos;
- S&P 500: +0,03%, aos 6.068,50 pontos;
- Nasdaq: -0,36%, aos 19.643,86 pontos.