Mercados

Ibovespa cai mais de 1% de olho na escalada da guerra comercial; dólar sobe a R$ 5,89

10 abr 2025, 17:28 - atualizado em 10 abr 2025, 20:07
queda-s&p-500 ibovespa ewz tarifas recessão
Ibovespa teve nova queda de 1% com escalada da aversão a risco com guerra tarifária entre EUA e China; investidores aguardam IPCA (Imagem: Pixabay)

O Ibovespa (IBOV) foi pressionado pela elevação da aversão a risco do exterior com a escalada da guerra tarifária iniciada pelos Estados Unidos.

Nesta quinta-feira (10), o principal índice da bolsa brasileira fechou aos 126.354,75 pontos, com queda de 1,31%.

Já o dólar à vista (USBRL) encerrou as negociações a R$ 5,8988, com avanço de 0,88% sobre o real. 

No cenário doméstico, os agentes financeiros operaram em compasso de espera por novos dados econômicos. O Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de março e o Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br), considerado a prévia do Produto Interno Bruto (PIB), de fevereiro devem ser divulgados nesta sexta-feira (11).

Para o IPCA, a expectativa é de alta de 0,54% em março, após um avanço de 1,31%. Em 12 meses, a inflação deve acumular alta de 5,46%, segundo a mediana das projeções coletadas pelo Money Times

Já para a prévia do PIB, o mercado espera uma desaceleração. O consenso é de alta de 0,30% em fevereiro ante 0,83% em janeiro.

Altas e quedas no Ibovespa 

As petroleiras voltaram a liderar a ponta negativa do Ibovespa. Prio (PRIO3) figurou como a maior queda do índice e do setor de petroleiras com baixa de mais de 8%. Brava Energia (BRAV3), PetroReconcavo (RECV3) e Petrobras (PETR3;PETR4) — sendo a ação mais negociada no mercado acionário doméstico — também figuraram entre as maiores quedas.

A derrocada dos papéis das petroleiras acompanha o desempenho do petróleo no mercado internacional, com a escalada da guerra tarifária entre os Estados Unidos e a China. Os contratos mais líquidos do petróleo Brent, referência para o mercado internacional, para junho, encerraram a sessão com queda de 3,28%, a US$ 63,33 o barril, na Intercontinental Exchange (ICE), em Londres.

Ainda entre os pesos-pesados, Vale (VALE3) ‘segurou as pontas do Ibovespa’, com alta de quase 2%. A mineradora subiu na esteira do minério de ferro, que encerrou as negociações com avanço de 3% na Bolsa da Dalian, na China.

Segundo agências de notícias, os papéis da Vale também foram beneficiados pela revisão positiva do Bank of America. O banco elevou a recomendação para Vale de neutro para compra e aumentou o preço-alvo das ADRs de US$ 11 para US$ 11,50 — o que representa um potencial de valorização de 29,8% sobre o preço de fechamento da véspera (9).

A ponta positiva foi liderada por LWSA (LWSA3) e  Magazine Luiza (MGLU3).

Exterior 

Nos Estados Unidos, os índices de Wall Street voltaram ao tom negativo após a Casa Branca anunciar que as tarifas contra a China somam 145%, após o governo chinês restringir a entrada de filmes produzidos em Hollywood no país. Os dados de inflação ficaram em segundo plano.

No início da tarde, o presidente norte-americano Donald Trump voltou a afirmar que quer fazer um acordo com a China, em uma reunião do gabinete aberta à imprensa. O secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, disse que, ao fechar acordos com os países, haverá mais certeza sobre a política comercial.

S&P 500 caiu mais de 3% e o Dow Jones perdeu 1 mil pontos, devolvendo parte dos ganhos da véspera. O Nasdaq foi pressionado pela queda generalizada das ‘Sete Magníficas’. 

Compartilhar

WhatsAppTwitterLinkedinFacebookTelegram
Repórter
Jornalista formada pela PUC-SP, com especialização em Finanças e Economia pela FGV. É repórter do MoneyTimes e já passou pela redação do Seu Dinheiro e setor de análise politica da XP Investimentos.
liliane.santos@moneytimes.com.br
Jornalista formada pela PUC-SP, com especialização em Finanças e Economia pela FGV. É repórter do MoneyTimes e já passou pela redação do Seu Dinheiro e setor de análise politica da XP Investimentos.
Giro da Semana

Receba as principais notícias e recomendações de investimento diretamente no seu e-mail. Tudo 100% gratuito. Inscreva-se no botão abaixo:

*Ao clicar no botão você autoriza o Money Times a utilizar os dados fornecidos para encaminhar conteúdos informativos e publicitários.

Usamos cookies para guardar estatísticas de visitas, personalizar anúncios e melhorar sua experiência de navegação. Ao continuar, você concorda com nossas políticas de cookies.

Fechar