Ibiuna vê apostas em corte da Selic em 2023 como prematura
A Ibiuna Investimentos, uma das maiores gestoras independentes do país com mais de R$ 30 bilhões em ativos sob gestão, avalia que a precificação do mercado de cortes da taxa Selic para 2023 é “prematura” e zerou as posições que ganhavam com a queda dos juros nominais no Brasil.
Depois do rali relevante de posições de mercado que se favoreciam da melhora do ambiente no Brasil, em meados de agosto, os prêmios de risco dos ativos domésticos “parecem relativamente estreitos” diante da proximidade de eleição, das incertezas sobre a trajetória fiscal do Brasil e do cenário externo adverso, disse a gestora em nota a cotistas sobre a estratégia macro.
“Tomamos proveito parcial de oportunidades táticas em posições aplicadas nos juros nominais no país, mas, nesse momento, vemos como prematura a precificação ao redor de 300 pontos base de corte na taxa Selic no próximo ano”, disse a Ibiuna, que concentra o risco em renda fixa dos fundos multimercado macro em posições aplicadas em juros reais.
O contexto de núcleos de inflação ainda elevados e de expectativas de inflação de médio prazo pressionadas indica que a Selic deverá permanecer elevada “por longo período”, já que o Banco Central sinalizou que contará com a defasagem da alta de juros para recolocar a inflação na trajetória da meta, avalia o fundo.
A Ibiuna voltou à estratégia de compra de real casada com venda de Ibovespa, em busca de proteção e também de ganho com a estratégia.
A gestora, criada em 2010 pelos ex-diretores do Banco Central Rodrigo Azevedo e Mario Torós, voltou a elevar o risco em posições tomadas em juros de países do G10 e em alguns emergentes.
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