Economia

IBC-Br tem alta de 0,2% em janeiro em recuperação que terá vida curta, mostra BC

26 mar 2020, 10:24 - atualizado em 26 mar 2020, 10:24
Bandeira do Brasil
Muitos bancos já passaram a estimar retração do PIB do Brasil em 2020 (Imagem: Money Times/Gustavo Kahil)

A atividade econômica do Brasil iniciou o ano de 2020 retomando a alta, em um resultado positivo que deve ter vida curta diante das consequências esperadas com a disseminação do coronavírus.

Considerado sinalizador do Produto Interno Bruto (PIB), o Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br) registrou alta de 0,24% em relação a dezembro, em dados dessazonalizados informados pelo BC nesta quinta-feira.

O resultado mostrou alguma recuperação depois de duas leituras seguidas negativas.

Sobre janeiro de 2019, o IBC-Br registrou avanço de 0,69% e, no acumulado em 12 meses, houve ganho de 0,86%, segundo números observados.

O ano começou com o melhor resultado para janeiro em três anos da indústria brasileira, interrompendo dois meses de taxas negativas com avanço de 0,9%. Ainda assim, o setor não apontava mudança de tendência.

Já o varejo teve queda de 1,0%, com janeiro mostrando o pior desempenho em um ano, enquanto o volume de serviços do Brasil voltou a apresentar ganhos em janeiro após dois meses de perdas, com alta de 0,6%.

Banco Central BCB
O ano começou com o melhor resultado para janeiro em três anos da indústria brasileira (Imagem: REUTERS/Ueslei Marcelino)

Os indicadores de atividade no país devem em breve começar a registrar as consequências provocadas pelas paralisações e interrupções de cadeias devido à pandemia do coronavírus no Brasil.

A economia brasileira vem lidando com suspensão de funcionamento de várias empresas, cancelamentos de eventos e restrição de circulação de pessoas devido ao vírus.

Muitos bancos já passaram a estimar retração do PIB do Brasil em 2020, enquanto o BC cortou sua projeção para o PIB a zero, ante crescimento de 2,2% calculado em dezembro, destacando nesta quinta-feira que a estabilidade agora vista está associada a impactos econômicos “expressivos” decorrentes da pandemia do coronavírus.

A nova expectativa da autoridade monetária ficou em linha com a divulgada na semana passada pela Secretaria de Política Econômica do Ministério da Economia, que passou a ver uma alta de 0,02% para o PIB este ano.

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