Economia

IBC-Br confirma: PIB vai desacelerar em 2025 após um ano forte, diz BofA

16 jan 2025, 16:56 - atualizado em 16 jan 2025, 16:56
ibc-br prévia pib brasil
(Imagem: Andrii Yalanskyi/Getty Images)

O índice mensal de atividade econômica (IBC-Br) de novembro de 2024 apoia o cenário de início de desaceleração econômica no Brasil, após um ano de forte crescimento, afirmam os economistas do Bank of America (BofA).

A prévia do Produto Interno Bruto (PIB) registrou alta de 0,10% no mês, mostra dado divulgado pelo Banco Central (BC) nesta quinta-feira (16). O aumento foi de 4,1% na comparação anual.

Apesar do resultado ter ficado ligeiramente acima das expectativas do mercado, o avanço modesto reflete um desempenho mais fraco da atividade em meio a dados mistos dos principais setores da economia.

Segundo David Beker, Natacha Perez e Gustavo Mendes, do BofA, o crescimento demonstra que a economia brasileira começou a perder tração no final do ano, após uma expansão de 0,9% no terceiro trimestre de 2024.

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Segundo projeções do banco, a atividade deve fechar 2024 com um crescimento de 3,8% na base anual. Para este ano, no entanto, a estimativa cai para 2%.

Os economistas ressaltam que o impacto do impulso fiscal observado no ano passado deve ser menor em 2025, enquanto os efeitos do ciclo de alta de juros tendem a se intensificar. “Como o desemprego permanece baixo e a inflação está em uma trajetória ascendente, deve demorar um pouco até que o arrefecimento da atividade se traduza em inflação mais baixa”, afirmam.

Beker e equipe destacam que o cenário para 2025 será de desafios crescentes, com menor impulso econômico e maior cautela entre consumidores e empresas.

Dados setoriais apontam para enfraquecimento do PIB

O desempenho econômico de novembro foi impactado por resultados negativos em setores-chave. A produção industrial recuou 0,6% no mês, as vendas no varejo caíram 0,4% e os serviços apresentaram queda de 0,9%.

“Exceto pelos serviços, este é o segundo mês consecutivo de dados de atividade mais fracos, sugerindo que a desaceleração econômica está se materializando após um terceiro trimestre forte”, afirmam os economistas do BofA.

Outro fator que reforça o cenário de desaceleração é a perda de confiança de empresas e consumidores.

Em dezembro, a confiança das empresas caiu devido a um maior pessimismo em relação às expectativas futuras, mesmo com uma avaliação mais positiva da situação atual. Já os consumidores apresentaram uma deterioração tanto na percepção atual quanto nas expectativas, devido às pressões inflacionárias e juros elevados.

“A queda em ambos os índices apoia o caso do início da desaceleração econômica”, dizem.

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Editora-assistente
Editora-assistente no Money Times e graduada em Jornalismo pela Unesp - Universidade Estadual Paulista. Entrou para a área de finanças e investimentos em 2021.
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