Hypera: margem menor preocupa, mas BTG mantém recomendação de compra
O BTG Pactual (BPAC11) não ficou completamente satisfeito com o balanço do terceiro trimestre divulgado pela Hypera (HYPE3). O descontentamento deve-se à deterioração de 350 pontos-base da margem bruta, na comparação com um ano atrás, devido à pressão cambial sobre os custos dos medicamentos.
Luiz Guanais, Gabriel Savi e Ricardo Cavalieri, que assinam o relatório do banco, reforçam que a queda da margem bruta é ainda mais sintomático, quando se constata que a receita líquida cresceu 7,9% na comparação anual e somou R$ 1,089 bilhão.
O desempenho no terceiro trimestre, contudo, não deve desencorajar os interessados em investir nas ações da fabricante de medicamentos.
Bom momento
“Apesar das preocupações persistentes sobre as margens vis-à-vis a expansão da receita, também impactada pela volatilidade do câmbio, vemos uma melhora no momentum da Hypera após os efeitos negativos da Covid-19”, afirmam os analistas.
O BTG Pactual cita alguns motivos para apostar no papel, como as recentes compras do Buscopan e do Buscofem, o bom portfólio de medicamentos isentos de prescrição médica, e a aquisição da Takeda, que reforça a atuação da Hypera no segmento de remédios prescritos.
O banco acrescenta que o valuation da empresa está “atraente”, com uma relação Preço/Lucro projetado para 2021 de 13 vezes. Por tudo isso, o BTG Pactual reforçou sua recomendação de compra das ações, com preço-alvo de R$ 42.
Veja o balanço divulgado pela Hypera.