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Hypera (HYPE3) rejeita fusão com EMS e retirada da proposta de aquisição é formalizada

31 out 2024, 8:52 - atualizado em 31 out 2024, 8:52
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EMS formaliza retirada de proposta para fusão com a Hypera (Imagem: Pixabay/@pexels)

A Hypera (HYPE3) informou ao mercado, nesta quinta-feira (31), que a EMS formalizou a retirada da proposta de oferta pública de aquisição de ações e de combinação de negócios apresentada em 21 de outubro de 2024, após o Conselho de Administração da companhia, por unanimidade, rejeitá-la.

Nas últimas semanas, a NF Farma, controladora da EMS, sugeriu uma combinação com a farmacêutica, em proposta que envolvia uma oferta pública de aquisição (OPA) de até 20% das ações da Hypera por R$ 30 e o restante em troca de ações.

A operação daria à EMS o controle de ao menos 60% do grupo farmacêutico, podendo ultrapassar 70% conforme a adesão à OPA. A empresa, que afirma ser “o maior conglomerado farmacêutico do Brasil”, propôs um conselho de administração com nove membros para a empresa combinada, sendo cinco indicados pela EMS.

Na avaliação do mercado, a possível fusão seria positiva, já que a nova empresa nasceria com sinergias importantes.

Contudo, a rejeição já era esperada — pelo menos para o Bradesco BBI. O banco considera que a falta de prêmio de controle e oferta à vista de R$ 30 por ação, quase 40% abaixo da máxima histórica do papel atingida em 2022, seriam alguns motivos para a rejeição da proposta da EMS pela Hypera.

Na última quinta-feira (24), a Hypera afirmou que a proposta “de forma não solicitada ou previamente discutida” foi rejeitada na reunião do Conselho de Administração realizada na véspera (23).

Ainda segundo a farmacêutica, as empresas têm cultura organizacional e práticas de governança corporativa absolutamente distintas. “A Hypera é uma companhia aberta desde 2008, com substancial dispersão acionária, enquanto a EMS é uma empresa familiar de capital fechado”, diz em comunicado.

A Hypera considerou que a avaliação atribuída na proposta de compra subestimou “significativamente” o valor da companhia.

*Com Liliane de Lima