Hypera (HYPE3) lidera perdas do Ibovespa com impasse a possível fusão com a EMS
Depois de uma semana de ‘emoções’, as ações da Hypera (HYPE3) operaram em tom negativo na bolsa brasileira nesta segunda-feira (28).
As ações HYPE3 fecharam o pregão com baixa de 9,70%, a R$ 23,92 — na liderança das quedas no Ibovespa (IBOV). Na mínima do dia, os papéis da farmacêutica caíram 8,93%. Acompanhe o Tempo Real.
Em meio às expectativas por uma nova proposta de fusão pela EMS, o mercado reage à notícia de que o fundador da Hypera aumentou a participação na companhia — o que impede o avanço da proposta ‘hostil’ de Carlos Sanchez.
Segundo o colunista Lauro Jardim d’O Globo, João Alvez de Queiroz Filho, o Junior, passou a deter mais de 50% das ações da farmacêutica na última sexta-feira (25). Antes, ele detinha cerca de 21,3% do capital social.
A companhia ainda não se pronunciou sobre a operação.
Hypera e EMS
A eventual fusão de Hypera e EMS ganhou os holofotes do mercado na semana passada.
Em resumo, a NF Farma, controladora da EMS, sugeriu uma combinação de negócios com a farmacêutica, em proposta que envolvia uma oferta pública de aquisição (OPA) de até 20% das ações da Hypera por R$ 30 e o restante em troca de ações.
A operação daria à EMS o controle de ao menos 60% do grupo farmacêutico, podendo ultrapassar 70% conforme a adesão à OPA. A empresa, que afirma ser “o maior conglomerado farmacêutico do Brasil”, propôs um conselho de administração com nove membros para a empresa combinada, sendo cinco indicados pela EMS.
Mas, na última quinta-feira (24), a Hypera afirmou que a proposta “de forma não solicitada ou previamente discutida” foi rejeitada na reunião do Conselho de Administração realizada na véspera (23).
A empresa também informou que não houve tratativas para o possível negócio.
Ainda segundo a farmacêutica, as empresas têm cultura organizacional e práticas de governança corporativa absolutamente distintas. “A Hypera é uma companhia aberta desde 2008, com substancial dispersão acionária, enquanto a EMS é uma empresa familiar de capital fechado”, diz em comunicado.
A Hypera considerou que a avaliação atribuída na proposta de compra subestimou “significativamente” o valor da companhia.
Contudo, manteve-se no radar uma eventual contraproposta de EMS desde então.