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Hypera (HYPE3) lidera perdas do Ibovespa com impasse a possível fusão com a EMS

28 out 2024, 13:20 - atualizado em 28 out 2024, 13:20
Hypera
As ações da Hypera lideram as perdas do Ibovespa com notícia de que o acionista fundador aumentou a participação na farmacêutica (Imagem: Divulgação)

Depois de uma semana de ‘emoções’, as ações da Hypera (HYPE3) operam em tom negativo na bolsa brasileira nesta segunda-feira (28). 

Por volta de 13h (horário de Brasília), as ações HYPE3 registravam baixa de 5,7%, a R$ 24,71— na liderança das quedas no Ibovespa (IBOV). Acompanhe o Tempo Real. 



Em meio às expectativas por uma nova proposta de fusão pela EMS, o mercado reage à notícia de que o fundador da Hypera aumentou a participação na companhia — o que impede o avanço da proposta ‘hostil’ de Carlos Sanchez. 

Segundo o colunista Lauro Jardim d’O Globo, João Alvez de Queiroz Filho, o Junior, passou a deter mais de 50% das ações da farmacêutica na última sexta-feira (25). Antes, ele detinha cerca de 21,3% do capital social. 

A companhia ainda não se pronunciou sobre a operação. 

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Hypera e EMS

A eventual fusão de Hypera e EMS ganhou os holofotes do mercado na semana passada. 

Em resumo, a NF Farma, controladora da EMS, sugeriu uma combinação de negócios com a farmacêutica, em proposta que envolvia uma oferta pública de aquisição (OPA) de até 20% das ações da Hypera por R$ 30 e o restante em troca de ações.

A operação daria à EMS o controle de ao menos 60% do grupo farmacêutico, podendo ultrapassar 70% conforme a adesão à OPA. A empresa, que afirma ser “o maior conglomerado farmacêutico do Brasil”, propôs um conselho de administração com nove membros para a empresa combinada, sendo cinco indicados pela EMS.

Mas, na última quinta-feira (24), a Hypera afirmou que a proposta “de forma não solicitada ou previamente discutida” foi rejeitada na reunião do Conselho de Administração realizada na véspera (23). 

A empresa também informou que não houve tratativas para o possível negócio.

Ainda segundo a farmacêutica, as empresas têm cultura organizacional e práticas de governança corporativa absolutamente distintas. “A Hypera é uma companhia aberta desde 2008, com substancial dispersão acionária, enquanto a EMS é uma empresa familiar de capital fechado”, diz em comunicado.

A Hypera considerou que a avaliação atribuída na proposta de compra subestimou “significativamente” o valor da companhia.

Contudo, manteve-se no radar uma eventual contraproposta de EMS desde então.