Comprar ou vender?

Hypera (HYPE3): Itaú BBA vê potencial de salto de mais de 30% nas ações; entenda

20 set 2024, 12:23 - atualizado em 20 set 2024, 12:23

Na toada das revisões das estimativas para o próximo ano, o Itaú BBA refez os cálculos das projeções para Hypera (HYPE3) O resultado: as ações da companhia seguem com recomendação de compra. 

O banco ajustou o preço-alvo de R$ 35 para R$ 37 para o final de 2025, o que representa um potencial de alta de 30,8% em relação ao preço de fechamento da última quinta-feira (19). 

Na avaliação do Itaú BBA, a Hypera é um dos cases “mais sólidos “no longo prazo, sendo uma a empresa farmacêutica com um portfólio forte e perspectivas “decentes” de geração de caixa no longo prazo. 

Nesta sexta-feira (20), as ações HYPE3 chegaram a liderar a perdas do Ibovespa (IBOV) na primeira hora do pregão, em meio a ajustes após a elevação da taxa básica de juros, a Selic. 

Por volta de 11h30, os papéis registravam queda de 1,84%, a R$ 27,76. Acompanhe o Tempo real. 

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Então, o que explica a queda das ações? 

No acumulado do ano, HYPE3 registra baixa de 20%. 

Para os analistas do Itaú BBA, a incerteza em torno de uma recuperação mais clara no setor e as discussões sobre impostos mais altos são os fatores que têm pressionado o preço das ações nos últimos meses. 

Eles ainda consideram que os desafios enfrentados pela indústria farmacêutica foram mais “severos” do que inicialmente previsto pelo banco — o que resultou em uma pressão maior sobre o desempenho operacional da empresa em comparação com os trimestres anteriores. 

“O aumento da demanda por produtos genéricos, a diminuição de casos de síndromes respiratórias e a competição intensificada foram os principais desafios em 2024, impactando a capacidade de atender ao guidance do Ebitda [lucro antes dos juros, impostos, amortização e depreciação]”, escrevem os analistas Vinicius Figueiredo, Lucca Marquezini e Felipe Amâncio, que assinam o relatório. 

Os motivos para comprar Hypera

Nas contas do Itaú BBA, as ações da companhia são negociadas ao múltiplo de 11,6x a relação do preço e do lucro (P/L) — o que sustenta a recomendação de compra para os papéis. 

O banco ainda projeta um crescimento de aproximadamente 9% nas receitas em 2025 e uma alta de 9,5% no ano seguinte. 

Já a projeção de lucro líquido é de R$ 1,9 bilhão no ano que vem, a considerar o benefício fiscal do ICMS — revisão de 9% para baixo em relação às estimativas anteriores.

Jornalista formada pela PUC-SP. É repórter do MoneyTimes e já passou pela redação do Seu Dinheiro e setor de análise politica da XP Investimentos.
liliane.santos@moneytimes.com.br
Jornalista formada pela PUC-SP. É repórter do MoneyTimes e já passou pela redação do Seu Dinheiro e setor de análise politica da XP Investimentos.