Hypera (HYPE3): Itaú BBA vê potencial de salto de mais de 30% nas ações; entenda
Na toada das revisões das estimativas para o próximo ano, o Itaú BBA refez os cálculos das projeções para Hypera (HYPE3) O resultado: as ações da companhia seguem com recomendação de compra.
O banco ajustou o preço-alvo de R$ 35 para R$ 37 para o final de 2025, o que representa um potencial de alta de 30,8% em relação ao preço de fechamento da última quinta-feira (19).
Na avaliação do Itaú BBA, a Hypera é um dos cases “mais sólidos “no longo prazo, sendo uma a empresa farmacêutica com um portfólio forte e perspectivas “decentes” de geração de caixa no longo prazo.
Nesta sexta-feira (20), as ações HYPE3 chegaram a liderar a perdas do Ibovespa (IBOV) na primeira hora do pregão, em meio a ajustes após a elevação da taxa básica de juros, a Selic.
Nesta sexta-feira (20), os papéis fecharam em queda de 3,43%, a R$ 27,31. Acompanhe o Tempo real.
Então, o que explica a queda das ações?
No acumulado do ano, HYPE3 registra baixa de 20%.
Para os analistas do Itaú BBA, a incerteza em torno de uma recuperação mais clara no setor e as discussões sobre impostos mais altos são os fatores que têm pressionado o preço das ações nos últimos meses.
Eles ainda consideram que os desafios enfrentados pela indústria farmacêutica foram mais “severos” do que inicialmente previsto pelo banco — o que resultou em uma pressão maior sobre o desempenho operacional da empresa em comparação com os trimestres anteriores.
“O aumento da demanda por produtos genéricos, a diminuição de casos de síndromes respiratórias e a competição intensificada foram os principais desafios em 2024, impactando a capacidade de atender ao guidance do Ebitda [lucro antes dos juros, impostos, amortização e depreciação]”, escrevem os analistas Vinicius Figueiredo, Lucca Marquezini e Felipe Amâncio, que assinam o relatório.
Os motivos para comprar Hypera
Nas contas do Itaú BBA, as ações da companhia são negociadas ao múltiplo de 11,6x a relação do preço e do lucro (P/L) — o que sustenta a recomendação de compra para os papéis.
O banco ainda projeta um crescimento de aproximadamente 9% nas receitas em 2025 e uma alta de 9,5% no ano seguinte.
Já a projeção de lucro líquido é de R$ 1,9 bilhão no ano que vem, a considerar o benefício fiscal do ICMS — revisão de 9% para baixo em relação às estimativas anteriores.