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Hypera (HYPE3): Goldman Sachs diminui em 32% a expectativa de lucro para 2025

15 jan 2025, 18:16 - atualizado em 15 jan 2025, 18:16
Goldman Sachs
(Imagem: REUTERS/Brendan McDermid/File Photo)

O Goldman Sachs ajustou suas projeções para o ano de 2025 e diminuiu as expectativas de lucro líquido da Hypera (HYPE3) em 32%, a R$ 1,0 bilhão. A recomendação se mantém neutra, com o preço-alvo ajustado para R$ 23, ante R$ 27.

A revisão considera a taxa básica de juros mais alta do que projetado anteriormente e a uma queda de aproximadamente 4,5 p.p na margem Ebitda para 2025. As despesas de vendas, administração e marketing devem se manter praticamente estáveis em termos nominais, mas o mix de produtos é mais fraco, com menor participação de produtos de maior margem, segundo o banco.

O Goldman Sachs lembra também dos custos, pontuando que a maior parte dos APIs farmacêuticos são denominados em dólares americanos e importados da China e da Índia. A Hypera não fez hedge dos custos de API, então o aumento do dólar contra naturalmente traz ventos contrários para as margens brutas da empresa.

No entanto, os analistas da instituição observam os níveis de compra de API da Hypera têm sido menores em relação ao ano anterior e em 2025 projetado e dizem que o reajuste de preços do CMED captura o impacto do câmbio nos custos do setor – espera-se que o reajuste de preços do CMED seja de 6,2% para o ciclo de 2025.

Em relação ao quarto trimestre, o banco espera uma receita de R$ 1,46 bilhão, o que implica uma queda de 21% em relação ao ano anterior.

O Goldman Sachs prevê que o crescimento do sell-out (vendas ao consumidor final) seja de 9% em relação ao ano anterior no quarto trimestre, abaixo da expectativa anterior de aproximadamente 13%. Essa revisão para baixo é atribuída a dois fatores principais: a desaceleração do crescimento do mercado, com dados de novembro indicando uma desaceleração em relação a outubro, e o desempenho abaixo do mercado da Hypera.

O Goldman Sachs também espera que a Hypera tenha acelerado o ajuste de estoque no quarto trimestre, enquanto continua operando com níveis de desconto mais altos.

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Estudante de jornalismo na FAAP, cobre Mercados e Internacional.
raquel.lauren@moneytimes.com.br
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