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Hypera (HYPE3) despenca quase 10% e a ‘culpada’ é a EMS mais uma vez

31 out 2024, 11:49 - atualizado em 31 out 2024, 11:49
Hypera-remédios
Produtos da Hypera; ações da companhia lideram as perdas do Ibovespa com retirada de proposta da EMS (Imagem: YouTube/Hypera Pharma)

Nesta quinta-feira (31), as ações da Hypera (HYPE3) amargam perdas e lideram a ponta negativa do Ibovespa (IBOV).

Na primeira hora do pregão, os papéis da farmacêutica registraram baixa de 9,42% (a R$ 21,83), na mínima do dia. Por volta de 11h20 (horário de Brasília), HYPE3 caía 5,23%, a R$ 22,84. Acompanhe o Tempo Real.



Mais uma vez, a baixa tem relação com a EMS. A empresa, que tinha realizado uma oferta de fusão com a Hypera no último dia 21, retirou a proposta para a combinação dos negócios, informou a farmacêutica na véspera. 

Nos últimos dez dias, os investidores da Hypera viveram uma “montanha-russa” nas ações e acumulou perdas de quase 1% durante o período.

Hypera e EMS

eventual fusão de Hypera e EMS ganhou os holofotes do mercado na semana passada.

Em resumo, a NF Farma, controladora da EMS, sugeriu uma combinação de negócios com a farmacêutica, em proposta que envolvia uma oferta pública de aquisição (OPA) de até 20% das ações da Hypera por R$ 30 e o restante em troca de ações.

A operação daria à EMS o controle de ao menos 60% do grupo farmacêutico, podendo ultrapassar 70% conforme a adesão à OPA. A empresa, que afirma ser “o maior conglomerado farmacêutico do Brasil”, propôs um conselho de administração com nove membros para a empresa combinada, sendo cinco indicados pela EMS.

Na avaliação do mercado, a possível fusão seria positiva, já que a nova empresa nasceria com sinergias importantes.

Mas, na última quinta-feira (24), a Hypera afirmou que a proposta “de forma não solicitada ou previamente discutida” foi rejeitada na reunião do Conselho de Administração realizada na véspera (23).

A empresa também informou que não houve tratativas para o possível negócio.

Ainda segundo a farmacêutica, as empresas têm cultura organizacional e práticas de governança corporativa absolutamente distintas. “A Hypera é uma companhia aberta desde 2008, com substancial dispersão acionária, enquanto a EMS é uma empresa familiar de capital fechado”, diz em comunicado.

A Hypera considerou que a avaliação atribuída na proposta de compra subestimou “significativamente” o valor da companhia.

A rejeição já era esperada — pelo menos para o Bradesco BBI. O banco considera que a falta de prêmio de controle e oferta à vista de R$ 30 por ação, quase 40% abaixo da máxima histórica do papel atingida em 2022, seriam alguns motivos para a rejeição da proposta da EMS pela Hypera.

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