Hypera: esforços para incrementar resultados estão na direção certa, avaliam analistas
O resultado operacional do terceiro trimestre da Hypera (HYPE3) trouxe avaliações mistas por parte dos analistas. Para o BB Investimentos, os dados vieram em linha com as estimativas, embora o crescimento das vendas tenha levado a uma pressão maior que esperada nas margens.
“Essa pressão nas margens resulta de despesas acima do esperado em visitas médicas e Pesquisa e Desenvolvimento, e de promoções de marketing realizadas nos pontos de venda”, comentou a analista Georgia Jorge.
Na visão da Mirae Asset, o resultado foi mais fraco do que o esperado no geral. Mesmo com a recuperação econômica em 2020, a corretora estima que as margens continuarão sofrendo com despesas de marketing devido a um mercado mais competitivo.
Balanço trimestral
O lucro líquido da Hypera subiu 10,3% entre julho e setembro, influenciado pela redução do imposto de renda, e encerrou o período em R$ 267,2 milhões.
A receita líquida chegou, pela primeira vez desde que a companhia passou a atuar exclusivamente no mercado farmacêutico, a R$ 1 bilhão.
O Ebitda, que mede a geração operacional de caixa da companhia, cresceu 3,3%, atingindo R$ 297,7 milhões. Por outro lado, o Ebitda ajustado foi de R$ 251,4 milhões, queda de 9,8% em relação ao terceiro trimestre de 2018. A margem caiu para 25,2%.
Recomendações
O BB acredita que a pressão nas margens permanecerá nos próximos trimestres, até que as vendas cresçam de maneira mais significativa.
Apesar disso, o banco mantém sua recomendação outperform (acima da média do mercado) para as ações, pois vê que “os esforços da companhia para incrementar seus resultados estão na direção certa”. O preço-alvo estipulado é de R$ 44,70, e potencial de valorização a médio prazo é de 29,6%.
A Mirae tem recomendação neutra, com preço-justo de R$ 33,48. A corretora estima uma desvalorização de 2,9% em 12 meses.