Hypera divulga termos de pagamento de R$ 110,5 milhões de fundador da empresa
A Hypera (HYPE3) anunciou nesta quarta-feira (3) os termos de pagamento de R$ 110,557 milhões que serão feitos pelo principal acionista e fundador da companhia, João Alves de Queiroz Filho, como o resultado de um acordo sobre pagamentos indevidos.
A antiga Hypermarcas confirmou na semana passada a existência destes pagamentos após uma apuração foi realizada por um comitê interno, constituído em 2018, depois que a Polícia Federal deflagrou a operação Tira-Teima para investigar executivos acusados de pagarem propina a políticos do MDB e do PSDB, dentre eles o ex-diretor Nelson José de Mello.
Foram encontrados indícios de pagamentos indevidos no valor de R$ 110,5 milhões, além dos R$ 33,1 milhões que foram objeto de instrumento de transação firmado com o ex-administrador, que reconheceu sua obrigação de indenizar a Hypera.
O pagamento será feito em 4 parcelas iguais anuais, sendo a primeira em 26 de maio de 2020, e as demais em 25 de maio de 2021, 25 de maio de 2022 e 25 de maio de 2023.
Sobre o saldo em aberto incidirão, até cada data de pagamento, juros equivalentes a 100% da taxa de juros Selic acumulada no período.
Caso eventual atraso no pagamento de qualquer parcela seja superior ao prazo de 30 dias, a companhia terá o direito de considerar a dívida automática e antecipadamente vencida e exigir o pagamento integral de todo o montante ainda não quitado.
“Até que as obrigações assumidas no Termo de Pagamento sejam integralmente cumpridas, João Alves de Queiroz Filho se obriga a manter, a todo tempo, uma posição acionária equivalente, no mínimo, a 50% do total detidas na data da celebração do termo”, diz a empresa.
O termo, segundo a Hypera, não configura qualquer reconhecimento de culpa por parte do executivo com relação aos danos relacionados aos resultados da apuração interna.