Comprar ou vender?

Hypera: Chegou a hora de comprar as ações, diz Credit Suisse

08 maio 2019, 10:07 - atualizado em 08 maio 2019, 10:07
Papéis da companhia passam a ser negociados em ex-JCP na sessão de amanhã na B3

Para quem esperava a reviravolta da Hypera (HYPE3), este pode ser o momento tão aguardado. Esta é, ao menos, a opinião do Credit Suisse expressa em um relatório enviado a clientes. O banco revisou a recomendação para as ações da fabricante de medicamento de neutra para compra (outperform), com preço-alvo de R$ 35. O potencial de valorização é de 22%,

Os analistas Victor Saragiotto, Ian Miller e Pedro Pinto avaliam que os números questionáveis do primeiro trimestre de 2019 podem ser reflexo de um ajuste nos níveis de estoque dos clientes.  “Em 2011, a empresa sofreu quatro trimestres de um ajuste gradual que resultou em menores vendas”, ressaltam.

A receita líquida encerrou o período em R$ 383,6 milhões, 58,7% a menos do que o montante de R$ 927,9 milhões alcançado nos primeiros três meses de 2018. As margens brutas caíram 26 pontos-base, para 48,5%, dado o pior mix de vendas e a perda de escala na diluição dos custos fixos.

“Toda essa turbulência levantou dúvidas quanto à sustentabilidade das receitas líquidas nos próximos trimestres, pressionando as ações para baixo”, destacam.

No acumulado do ano, o papel está com desempenho abaixo do Ibovespa em 11%.

“Acreditamos que este é um bom ponto de entrada. Em nossos testes de canal com os clientes da Hypera, eles reforçaram a declaração da empresa de que todos os ajustes estavam concentrados em um único trimestre. Dessa forma, a receita líquida deve começar a se recuperar a partir do segundo trimestre de 2019, acelerando com o pipeline de produtos a serem lançados na segunda metade do ano”, avaliam.

O Credit Suisse também vê a margem bruta se normalizando com base em uma oferta de produtos “mais saudável”.

Se este cenário se mostrar verdadeiro, a avaliação atual das ações, que está em 14,8 vezes o preço sobre o lucro estimado para 2019 (P/L), parece ser um bom ponto de entrada, mesmo considerando a recente valorização da ação, já que está 26% abaixo da média histórica, explicam os analistas.

Fundador do Money Times | Editor
Fundador do Money Times. Antes, foi repórter de O Financista, Editor e colunista de Exame.com, repórter do Brasil Econômico, Invest News e InfoMoney.
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