Ibovespa em disparada: O gatilho nos EUA que anima investidores (e não é o payroll)
O Ibovepsa, que iniciou o dia entre altas e baixas, ganhou força após bateria de dados nos Estados Unidos. Os mercados observam com lupa os indicadores para entender os próximos passos do Federal Reserve, o banco central americano. Com isso, por volta das 13h15, o índice subia 0,80%, a 132.268 pontos.
Em Wall Street, a Nasdaq exibia alta de 0,75% e o S&P 500 tinha elevação de 0,69%. O dólar acompanhava a melhora de humor e caia 0,78%, a R$ 4,8.
Mais cedo, o país informou a criação de 216 mil vagas de trabalho em dezembro de 2023. Segundo o FactSet, a estimativa era de 160 mil.
“Os dados de criação de emprego (payroll) vieram mais fortes do que o esperado, uma porrada. Mas você tem efeito sazonal, Natal e Ano-Novo”, explica o analista Rafael Passos, da Ajax Asset.
No entanto, para Passos, o que, de fato, mudou o tom dos investidores foram os dados de serviço no país. Relatório do Instituto de Gestão do Fornecimento mostrou que a atividade de serviços dos EUA desacelerou consideravelmente em dezembro, com o índice dos gerentes de compras (PMI) marcando 50,6, contra expectativa de 52,6.
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“Isso mostra essa tendência de desaceleração da inflação. Porque serviços ainda vem incomodando os últimos dados inflacionários”, discorre.
Os títulos americanos, que chegaram a subir 10 pontos-base (bps), agora viraram para negativo.
Já Victor Benndorf, da corretora que leva o seu sobrenome, diz não estar tão animado com alta de hoje devido aos dados de emprego ainda elevados. “Vamos aguardar realmente por um ponto de inflexão antes de acelerar qualquer compra. Eu aguardaria para ver se (a alta) será sólida ou não”, conclui.
Aqui no Brasil, entre as maiores altas do Ibovespa estava Magazine Luiza (MGLU3), com elevação de 7,25%. Logo atrás, Yduqs (YDUQ3), que subia a 6,44%, e Soma(SOMA3), com alta de 5,48%. Ambas as empresas ganham com alívio na curva de juros.
Com informações da Reuters
