Saúde

Hospitais de Portugal veem pressão de “guerra” em meio à disparada da Covid-19

22 jan 2021, 13:42 - atualizado em 22 jan 2021, 13:42
Coronavírus Saúde Hospital Ambulância
Portugal está em lockdown desde 15 de janeiro, e por isso os negócios não-essenciais estão fechados (Imagem: Reuters/Pedro Nunes)

Portugal está ficando sem leitos hospitalares nas redes pública e particular, disse o chefe da associação de hospitais particulares do país, e o número diário de mortes de Covid-19 atingiu uma alta recorde nesta sexta-feira pelo quinto dia consecutivo.

O país de 10 milhões de habitantes, que se saiu melhor do que outros na primeira onda da pandemia, agora tem a média recorrente de casos novos de sete dias mais alta do mundo.

“Estamos vivenciando uma situação típica de uma guerra. Não temos leitos suficientes — no serviço nacional de saúde, nas redes pública e particular — para lidar com uma progressão pandêmica de 13 mil a 14 mil casos novos por dia”, disse o doutor Oscar Gaspar.

Também nesta sexta-feira, as escolas foram fechadas pela primeira vez desde março, e os casos crescentes de coronavírus obrigaram o governo a intensificar sua reação à pandemia.

Portugal está em lockdown desde 15 de janeiro, e por isso os negócios não-essenciais estão fechados e a maioria das pessoas está confinada em casa.

“Há mais medo agora do que antes… muito mais”, disse Maria Madalena, aposentada de 78 anos e uma das poucas pessoas nas ruas de Lisboa nesta sexta-feira.

Os hospitais particulares só ofereceram mil leitos — cerca de 10% de sua capacidade — a pacientes do serviço nacional de saúde com ou sem Covid desde que o governo pediu ajuda em novembro. Os outros leitos estão quase repletos de pacientes particulares, disse Gaspar, criticando o governo por pedir socorro tarde demais.

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reuters@moneytimes.com.br
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