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Irani (RANI3): BTG e XP veem números sólidos no 2T24, mas diferem sobre o que fazer com ação

31 jul 2024, 17:26 - atualizado em 01 ago 2024, 14:44
Na visão do BTG Pactual, há um potencial de crescimento ainda não totalmente precificado pelo mercado neste momento para RANI3 (Foto: Divulgação)

Irani (RANI3) reportou seus resultados referentes ao segundo trimestre de 2024 (2T24) nesta quarta-feira (31). De forma geral, BTG e XP viram números consistentes para a Irani no 2T24, em linha com as estimativas dos analistas. Apesar disso, as instituições contam com recomendações diferentes para o papel. 

Para o BTG Pactual, os números foram consistentes, com o EBITDA do 2T24 atingindo R$ 118 milhões (em linha com nossas estimativas), estável tanto t/t quanto a/a.

Segundo eles, a empresa registrou mais um trimestre de crescimento de volume e ganhos de participação de mercado, com as vendas totais aumentando 8% a/a e 2% t/t, impulsionadas por um processo de evolução fraco da nova linha de ondulados SC.

Por outro lado, os preços do OCC subiram 23% no Brasil, prejudicando o desempenho de custos da empresa e mais do que compensando os ganhos relacionados ao projeto GAIA, segundo o banco. A dúvida do BTG fica por conta do repasse desses custos nos próximos trimestres.

“Temos argumentado há algum tempo que, com o GAIA implementado, agora a tese de investimento depende da capacidade da empresa de aumentar os preços (pelo menos) em linha com a inflação. Ainda assim, reiteramos nossa recomendação de compra (R$ 14) para a Irani, com potencial de crescimento ainda não totalmente precificado pelo mercado neste momento, e a ação sendo negociada a 5x EV/EBITDA para 2024″, analisam Caio Greiner, Leonardo Correa e Bruno Lima.

XP vê números resilientes, mas mantém recomendação neutra para RANI3

Na avaliação dos analistas da XP Investimentos, a Irani apresentou números em linha, ainda que o Ebtida tenha ficado 4% abaixo das suas estimativas, com resultados apoiados principalmente por outro desempenho de custo decente, compensando o aumento dos custos de aparas e gerando uma margem EBITDA resiliente de 30,0% (vs. 30,5% no 1T24 e -0,7 p.p. vs. XPe).

Outros destaques visto pela casa de análise foram:

  1. Papel melhor do que o esperado para volumes de embalagens (+3% vs. XPe);
  2. Desempenho de preços decente do segmento de resinas (+23% T/T); parcialmente compensado por volumes de caixas de papelão ondulado abaixo do esperado (-4% XPe).

Com um desempenho de custo decente impulsionado por retornos positivos da plataforma Gaia, apesar do aumento de 29% T/T nos custos de aparas – que deve se normalizar nos próximos trimestres para os analistas – e um impulso positivo para caixas de papelão ondulado (Empapel registra um aumento de 5% A/A), a XP espera um melhor desempenho operacional no 2S24.



“A companhia também está propondo R$ 10 milhões de dividendos, implicando um yield anualizado de ~2% (~25% do lucro líquido do 2T24). Somado tudo isso, mantemos nossa recomendação neutra (R$ 12)”, explicam Lucas Laghi, Guilherme Nippes e Fernanda Urbano.

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