Hora de subir o preço? Defasagem dos combustíveis chega aos 10%
O preço do petróleo no mercado internacional está subindo e a diferença em relação aos preços praticados aqui no Brasil está ficando cada vez maior. A defasagem dos combustíveis chegou aos dois dígitos.
De acordo com dados da Associação Brasileira Dos Importadores De Combustíveis (Abicom), o diesel é o mais impactado. O litro do combustível está 13% mais barato, o que significa que é possível elevar o preço em R$ 0,75.
Já a gasolina está defasada em 10%, com o litro R$ 0,36 mais barato do que em outros países.
Em seu relatório, a associação afirma que a ligeira alta no câmbio e as sucessivas altas da commodity as defasagens estão negativas e afastando-se da paridade de importação.
Necessidade de reajuste
A defasagem obriga que as refinarias reajustem os preços para não afetar o abastecimento nacional. No entanto, a Petrobras (PETR3; PETR4) está evitando ao máximo elevar os preços antes do segundo turno das eleições.
Acontece que Jair Bolsonaro está usando a empresa como cabo eleitoral, já que as reduções promovidas pela estatal nos combustíveis auxiliaram na queda da inflação e isso está sendo usado em sua campanha eleitoral.
A prova disso é que a Petrobras não anuncia reajustes há 39 dias para a gasolina e 21 dias para o diesel, sendo que desde julho, os cortes eram anunciados, em média, a cada 15 dias.
A última vez que a companhia promoveu uma alta nos preços dos combustíveis foi em 17 de junho. Na época, o litro da gasolina subiu para R$ 4,06, enquanto o diesel avançou para R$ 5,61.
Tradicionalmente, o setor já espera altas de preço quando a Petrobras não se pronuncia por mais de 45 dias. Isso porque os estoques duram cerca de três meses e começa a chegar a hora de importar.
Mais caro na Bahia
E se a Petrobras não eleva o preço, outras empresas elevam. Na sexta-feira (7), a Acelen, empresa que administra a Refinaria Mataripe, anunciou um reajuste.
Na Bahia, a gasolina ficou 8,7% mais cara, enquanto o reajuste do diesel varia de 11,3% (S 10) a 11,5% (S 500).
De acordo com a companhia, os preços seguem os critérios do mercado, que levam em consideração variáveis como custo do petróleo, que é adquirido a preços internacionais, dólar e frete.
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