Hora de conhecer os fundos cambiais
Por Luiz Cesta, da Inversa Publicações
Caro leitor,
Você sabe bem o que é um seguro? O mercado de seguros é bem antigo. No Brasil, a literatura sobre ele remonta a períodos anteriores aos anos de 1800.
Cá entre nós, é difícil encontrar alguém hoje em dia que não tenha contratado algum seguro, seja de vida, seja patrimonial, prestamista, saúde, ou quaisquer outros em que a prateleira de uma corretora possa comportar.
Afinal de contas, os imprevistos acontecem e, como o nome já diz, sem que ninguém nos avise com antecedência. Não nos é avisado nem hora, data ou local.
Eu sempre digo para minha esposa que bater o carro é uma questão estatística. Afinal de contas, isso não acontece somente por sua culpa, mas por questões alheias às nossas vontades. Algum motorista menos cauteloso pode causar um acidente.
Sem querer bancar o bonzinho da história, já me envolvi algumas vezes em acidentes causados por minha imperícia, mas felizmente somente com perdas patrimoniais.
Enfim, estamos sujeitos a acontecimentos que por mais cuidado que tenhamos, podem acontecer.
No mercado financeiro não poderia ser diferente. Existem diversos produtos que oferecem proteção contra imprevistos e cabe a nós decidir pagar por essa proteção extra.
Eu sou adepto desse tipo de produto, em específico os fundos cambiais. Já recorri algumas vezes a eles como forma de me proteger de oscilações de moedas quando tive compromisso futuro atrelado ao dólar americano.
Gosto de planejar viagens com antecedência e minhas viagens aos Estados Unidos contaram várias vezes com uma programação “com seguro” realizado através de fundos cambiais. Eles me ajudaram a preservar meu poder de compra em moeda forte.
Lembrando que aqui não estamos falando de ganhar ou perder dinheiro, mas de manter o poder de compra na moeda atrelada ao fundo.
Sim, fundos cambiais são arriscados e você não deveria utilizá-los caso não tenha compromissos futuros contratados em outras moedas, ou em pequena monta para se proteger de crises cambiais.
No meu caso, eu optaria por manter de 2% a 3% de meu total de recursos financeiros aplicados nesses tipos de fundos como forma de me precaver a imprevistos de mercado.
Existem vários exemplos como guerras, ataques especulativos a moedas, fraqueza econômica não esperada – entre outros motivos que podem ativar o benefício de um seguro feito. Fique ligado porque esse seguro pode não compensar completamente suas perdas, apenas amenizá-las.
Ah, e nem adianta querer especular com fundos cambiais no curtíssimo prazo porque, como já sabe e explicado em newsletters anteriores, os fundos possuem uma alíquota pesadíssima de IOF para saques com prazo menores de 30 dias.
Mais uma vez, não esqueça de olhar o regulamento de cada fundo antes de investir. É lá que você encontrará as informações essenciais para saber se o investimento se adequa às suas necessidades, lembrando sempre que rentabilidade passada não é garantia de rentabilidade futura.
Por hoje é só. Fique ligado porque que vamos falar com mais detalhes sobre outra categoria de fundo em nosso próximo encontro.Lembrando que estamos atualizando por aqui os fundos em que você tem os melhores retornos e as menores taxas.
A edição de hoje é a décima do Cesta & Fundos! Uma marca importante, que, porém, só aumenta meu compromisso em trazer opiniões claras, objetivas e relevantes para sua batalha diária em bater o mercado.
Vamos juntos chegar à 20ª edição? Desafio aceito e aguardo sua presença comigo em cada uma delas.
Até lá!
Luiz Cesta (@luizcesta)