Hora de comprar Eletrobras (ELET3)? Veja a elétrica campeã de indicações para setembro, segundo 22 analistas
A Eletrobras (ELET3) foi a elétrica mais indicada por analistas para investir em setembro, mostra levantamento do Money Times que mapeou 22 carteiras de bancos, corretoras e casas de análise.
A ex-estatal recebeu a indicação de 8 analistas, que enxergam a companhia deixando para trás períodos desafiadores e abrindo oportunidades para investidores.
Na visão de analistas da Ágora Investimentos, desde a privatização, em junho de 2022, a companhia enfrentou uma tempestade perfeita. No entanto, eles avaliam que os riscos agora estão precificados ou se tornaram “riscos de alta”, como, por exemplo, os preços da eletricidade.
“A partir de um excesso de oferta de geração, os preços da energia elétrica caíram desde o segundo semestre de 2022, e impactaram negativamente as ações, pois a Eletrobras está altamente descontratada. No entanto, alteramos recentemente as nossas estimativas para refletir uma curva de preços mais alta após o recente aumento nos preços de mercado para contratos de fornecimento de eletricidade de médio/longo prazo”.
Os analistas da casa destacam ainda que a gestão da empresa vem atuando em diferentes frentes, buscando aumento da eficiência e melhoria dos resultados financeiros. Entre os possíveis direcionadores, há ainda a possibilidade de algum acordo com o governo para resolver o litígio sobre limite de votos de 10%.
O BTG Pactual vê a elétrica negociando a uma taxa interna de retorno (TIR) real atrativa de 12,8%, com catalisadores esperados para o segundo semestre de 2024, vinculados ao seu processo de reestruturação e a um potencial acordo com o governo federal.
“A empresa tem apresentado resultados sólidos nos últimos trimestres, refletindo cortes de custos (por exemplo, despesas com PMSO), e esperamos que essa tendência continue. Além disso, a volatilidade dos preços da energia durante a estação seca pode criar oportunidades para a venda de sua energia não contratada”.
Equatorial e Copel completam o pódio
A Equatorial (EQTL3), que recentemente ficou nos holofotes do mercado ao se tornar acionista de referência da Sabesp — agora privatizada –, ocupa o segundo lugar no pódio, acumulando 4 indicações de analistas para o mês de setembro.
A analista Larissa Quaresma, que indica a empresa na carteira recomendada da Empiricus Research, comenta que a Equatorial conta com uma gestão de “extrema qualidade”, com histórico comprovado de execução em regiões difíceis de operar.
“Por atuar em segmentos de necessidade básica (distribuição de energia, transmissão de energia e saneamento), seus resultados são menos sensíveis em potencial cenário de desaceleração econômica mais forte – perfil defensivo”, comenta Quaresma.
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Por fim, a Copel (CPLE3) fecha o pódio das elétricas mais indicadas para setembro. A Planner destaca que, em linha com o esperado, a companhia reportou bons números no segundo trimestre de 2024, com alta de 54% no lucro líquido (base anual), alcançando R$ 474 milhões.
“Ainda dentre os destaques positivos, a Aneel estabeleceu as RAPs da Copel Geração e Transmissão e suas participações, para o ciclo 2024-2025, em R$ 1,59 bilhão (+2%) com vigência desde 1º de julho de 2024”.
Os analistas comentam ainda que, em julho, a Copel celebrou a venda de 51% na Compagas por R$ 906 milhões (equity value), em linha com sua estratégia de focar no seu negócio principal e na descarbonização do seu portfólio.
Eletrobras e outras elétricas para investir em setembro
Empresa | Ticker | Indicações |
---|---|---|
Eletrobras | ELET3 | 8 |
Equatorial | EQTL3 | 4 |
Copel | CPLE3 | 3 |
Taesa | TAEE11 | 2 |
Alupar | ALUP11 | 2 |
Cemig | CMIG3 | 2 |
Engie | EGIE3 | 2 |
ISA Cteep | TRPL4 | 1 |
Levantamento
O levantamento do Money Times levou em consideração as informações das carteiras de ações divulgadas por 22 instituições.
Participaram do levantamento Ágora Investimentos, Ativa Investimentos, Andbank, Daycoval, BB Investimentos, BTG Pactual, CM Capital, EQI Research, Empiricus Research, Genial Investimentos, Guide Investimentos, Itaú BBA, MyCap, Nova Futura, Planner,PagBank, Rico, RB Investimentos, Safra, Santander, Terra Investimentos e XP Investimentos.