Destaques da Bolsa

Hora de comprar CVC (CVCB3)? Ações operam estáveis após reestruturação de dívida e BBA vê potencial de alta de 172,7%

12 set 2024, 11:40 - atualizado em 12 set 2024, 17:30
cvc-cvcb3-turismo-viagens
CVC anuncia reestruturação de dívida e ações abrem em alta nesta quinta-feira (12) (Imagem: Flávya Pereira/Money Times)

A CVC (CVCB3) abriu o pregão desta quinta-feira (12) de bom humor, após a companhia conseguir acordo para alongar dívidas. Por volta de 11h10, as ações lideravam as maiores altas do Ibovespa (IBOV), com avanço de 3,21%, a R$ 1,93.

No entanto, os papéis perderam força ao longo do pregão e terminaram o dia com baixa de 2,67%, a R$ 1,82.



Na véspera, a companhia, que enfrenta dificuldades financeiras há alguns trimestres, conseguiu chegar a um acordo com debenturistas sobre os principais termos e condições de um reperfilamento de debêntures.

O acordo foi feito com representantes de mais de 75% das debêntures em circulação da quarta emissão de cada série e 100% das debêntures em circulação da quinta emissão, de acordo com a empresa.

  • Ibovespa 137 mil pontos é “fichinha” – levantamento mostra que a bolsa negocia 40% abaixo do limite e pode subir mais; entenda.

Segundo o fato relevante, a operadora conseguiu alongar os prazos do vencimento em quatro anos. Com isso, os títulos vencerão em outubro de 2028, com amortização em cinco parcelas semestrais iguais e consecutivas.

Houve ainda uma amortização extraordinária obrigatória no montante de, aproximadamente, R$ 160 milhões a ser dividido de forma pro rata entre a 4ª e 5ª emissão. Isso trará imediata redução da dívida bruta da companhia, que fechou o segundo trimestre em R$ 799 milhões.

Hora de comprar CVC?

Analistas do Itaú BBA destacam que a reestruturação de dívidas da companhia era aguardada há muito tempo pelos investidores e se trata de um pilar fundamental para a operadora de viagens, dadas as preocupações de curto prazo quanto à amortização frente à posição de caixa da empresa.

“Embora vejamos a redução dos custos da dívida de forma positiva, acreditamos que o principal destaque do anúncio é a extensão do cronograma de amortização do principal, que agora começa apenas no segundo semestre de 2026”.

O BBA recorda que, quando a nova gestão assumiu a empresa no segundo semestre do ano passado, alguns dos compromissos assumidos com os investidores incluíam:

  • melhorar a governança;
  • abrir lojas físicas;
  • retomar produtos exclusivos;
  • oferecer financiamento alternativo; e
  • melhorar a estrutura de capital e reduzir os custos da dívida.

“Acompanhando os desenvolvimentos dos últimos trimestres, apesar dos desafios impostos por fatores exógenos, acreditamos que, após o anúncio de hoje, a gestão mostrou progresso em todos essas aéreas”.

A classificação do Itaú BBA para CVC é “outperform” (desempenho esperado acima da média do mercado, equivalente a “compra”), com preço-alvo para o final de 2024 de R$ 5,10, o que implica em uma potencial de valorização de 172,7% em relação ao preço de fechamento da quarta-feira (11), de R$ 1,87.

Compartilhar

TwitterWhatsAppLinkedinFacebookTelegram
Repórter
Formada em jornalismo pela Universidade Nove de Julho. Ingressou no Money Times em 2022 e cobre empresas.
lorena.matos@moneytimes.com.br
Linkedin
Formada em jornalismo pela Universidade Nove de Julho. Ingressou no Money Times em 2022 e cobre empresas.
Linkedin
Giro da Semana

Receba as principais notícias e recomendações de investimento diretamente no seu e-mail. Tudo 100% gratuito. Inscreva-se no botão abaixo:

*Ao clicar no botão você autoriza o Money Times a utilizar os dados fornecidos para encaminhar conteúdos informativos e publicitários.

Usamos cookies para guardar estatísticas de visitas, personalizar anúncios e melhorar sua experiência de navegação. Ao continuar, você concorda com nossas políticas de cookies.

Fechar