Hora de comprar CVC (CVCB3)? Ações operam estáveis após reestruturação de dívida e BBA vê potencial de alta de 172,7%
A CVC (CVCB3) abriu o pregão desta quinta-feira (12) de bom humor, após a companhia conseguir acordo para alongar dívidas. Por volta de 11h10, as ações lideravam as maiores altas do Ibovespa (IBOV), com avanço de 3,21%, a R$ 1,93.
No entanto, os papéis perderam força ao longo do pregão e terminaram o dia com baixa de 2,67%, a R$ 1,82.
Na véspera, a companhia, que enfrenta dificuldades financeiras há alguns trimestres, conseguiu chegar a um acordo com debenturistas sobre os principais termos e condições de um reperfilamento de debêntures.
O acordo foi feito com representantes de mais de 75% das debêntures em circulação da quarta emissão de cada série e 100% das debêntures em circulação da quinta emissão, de acordo com a empresa.
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Segundo o fato relevante, a operadora conseguiu alongar os prazos do vencimento em quatro anos. Com isso, os títulos vencerão em outubro de 2028, com amortização em cinco parcelas semestrais iguais e consecutivas.
Houve ainda uma amortização extraordinária obrigatória no montante de, aproximadamente, R$ 160 milhões a ser dividido de forma pro rata entre a 4ª e 5ª emissão. Isso trará imediata redução da dívida bruta da companhia, que fechou o segundo trimestre em R$ 799 milhões.
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Hora de comprar CVC?
Analistas do Itaú BBA destacam que a reestruturação de dívidas da companhia era aguardada há muito tempo pelos investidores e se trata de um pilar fundamental para a operadora de viagens, dadas as preocupações de curto prazo quanto à amortização frente à posição de caixa da empresa.
“Embora vejamos a redução dos custos da dívida de forma positiva, acreditamos que o principal destaque do anúncio é a extensão do cronograma de amortização do principal, que agora começa apenas no segundo semestre de 2026”.
O BBA recorda que, quando a nova gestão assumiu a empresa no segundo semestre do ano passado, alguns dos compromissos assumidos com os investidores incluíam:
- melhorar a governança;
- abrir lojas físicas;
- retomar produtos exclusivos;
- oferecer financiamento alternativo; e
- melhorar a estrutura de capital e reduzir os custos da dívida.
“Acompanhando os desenvolvimentos dos últimos trimestres, apesar dos desafios impostos por fatores exógenos, acreditamos que, após o anúncio de hoje, a gestão mostrou progresso em todos essas aéreas”.
A classificação do Itaú BBA para CVC é “outperform” (desempenho esperado acima da média do mercado, equivalente a “compra”), com preço-alvo para o final de 2024 de R$ 5,10, o que implica em uma potencial de valorização de 172,7% em relação ao preço de fechamento da quarta-feira (11), de R$ 1,87.