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Homem mais rico do mundo vê ação da Tesla (TSLA) ficar mais barata do que nunca

13 dez 2022, 14:17 - atualizado em 13 dez 2022, 14:17
Tesla
A Tesla enfrenta uma ampla gama de desafios, que também incluem a queda da demanda na China, o maior mercado automotivo do mundo (Imagem: Unsplash/Milan Csizmadia)

A Tesla (TSLA) é negociada ao preço mais baixo de todos os tempos em relação aos lucros esperados, após uma queda de mais de 50% este ano.

O foco de Elon Musk em sua recente aquisição da plataforma social é um dos ventos contrários enfrentados pela sua fabricante de veículos elétricos — e alguns pessimistas dizem que as ações da montadora mais valiosa do mundo devem cair mais.

O papel atualmente vale 30 vezes os lucros projetados, uma mínima recorde, mas ainda bem acima de um múltiplo de 17 vezes para o índice S&P 500.

A Tesla enfrenta uma ampla gama de desafios, que também incluem a queda da demanda na China, o maior mercado automotivo do mundo.

“Minha maior preocupação é a desaceleração que eles estão sofrendo na China”, disse Matt Maley, estrategista-chefe de mercado da Miller Tabak + Co., acrescentando que “enquanto Elon Musk dedicar muito tempo ao Twitter, isso limitará a ação”.

A Bloomberg relatou na sexta-feira que a Tesla planeja suspender a produção em etapas em sua fábrica de carros elétricos em Xangai até o início de janeiro, em meio a atualizações da linha de produção e desaceleração da demanda.

Ao mesmo tempo, o Twitter se tornou mais do que uma mera distração. Os banqueiros de Musk avaliam substituir parte da dívida cara que ele colocou no Twitter com novos empréstimos de margem garantidos por ações da Tesla, disseram pessoas com conhecimento do assunto à Bloomberg.

A reabertura na China pode melhorar o humor do investidor, disse Maley, embora as vendas continuem sendo uma preocupação.

“Entre problemas com o Twitter e a desaceleração da demanda, a Tesla pode cair para US$ 150 antes de se tornar atraente para a maioria dos investidores”, disse.

As ações da Tesla caíram até 3,6% na terça-feira, para US$ 161,74, após um tombo de 6,3% na segunda. No ano, elas já perderam quase 64%, a caminho da maior queda anual desde a abertura de capital em meados de 2010.

bloomberg@moneytimes.com.br