Elon Musk

Homem mais rico do mundo baseia decisões em livro de ficção; conheça a ‘bíblia’ de Elon Musk

27 nov 2022, 17:00 - atualizado em 28 nov 2022, 15:40
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Elon Musk, o homem mais rico do mundo, seguiu um livro de ficção científica para construir suas empresas, e continua se baseando nesta obra (Imagem: Reuters/Mike Blake)

Não é nenhuma novidade que Elon Musk, o homem mais rico do mundo, é no mínimo excêntrico. Entretanto, o que nem todos talvez saibam é que o CEO da Tesla, SpaceX, Neuralink e, mais recentemente, do Twitter construiu seu império com base em um livro de ficção científica.

“A Fundação” do escritor Isaac Asimov, mesmo autor  de “Eu, Robô”, é a obra que inspira Musk. Trata-se de um livro  escrito na primeira metade do século XX, que narra um cenário a milhões de anos-luz da terra em um futuro muito distante, onde a humanidade – organizada pelo “Império” – já dominou a galáxia e coloniza milhares de planetas.

A criação das empresas de Musk e as áreas de atuação do homem mais rico do mundo fazem alusão  à trama da história. Nela, Musk se coloca como o protagonista da trama – no caso, da própria fundação – que salva a humanidade de um “fim trágico”.

Não é por acaso que Musk já recomendou a leitura de Asimov por algumas vezes em seu Twitter. Para o homem mais rico do mundo,  a obra do século passado está muito à frente do século atual.

Confira aqui o ambicioso plano do CEO do Twitter para o futuro do aplicativo

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(Imagem: Twitter/Reprodução)

O Homem mais rico do mundo é “A Fundação”

Para associar o império de Musk ao livro, é necessário contextualizar um pouco o enredo da trama. Na obra de Asimov, um cientista chamado Hari Seldon, um “psico-historiador” prevê o fim do Império, e por consequência a perda de todo o conhecimento da humanidade.

Na obra, o Império é uma organização que preside o planeta Trantor, e busca organizar a sociedade através da galáxia.

Seldon desenvolve  a  “psico-história” para prever o futuro, onde enxerga o fim do “Império” e a ascensão da “Fundação”. A área é descrita no livro como uma mistura dos conhecimentos de Matemática e Sociologia.

O fim do Império resultaria na decadência da humanidade, que se veria novamente em condições de escuridão.

Após as revelações do “psico-historiador”, para evitar esse colapso, foram criadas duas Fundações, cada uma posicionada no extremo oposto da galáxia.

A primeira foi construída no planeta “Términus”, e ficou responsável por não só preservar, mas também difundir o conhecimento e a tecnologia. A segunda, ninguém soube muito bem qual seria o seu papel, nem onde estaria localizada de fato.

Musk relaciona “Trantor” – sede do Império – com a Terra, e “Términus”, o planeta difusor de tecnologia, com Marte. Não à toa, a SpaceX tem como maior objetivo a colonização do planeta vermelho.

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(Imagem: Twitter/Reprodução)

“Marte é para a Terra, o que “Términus era para Trantor”, diz o homem mais rico do mundo na rede social. “A Série ‘Fundação’ e ‘Lei de Zeroth’  são fundamentais para a criação da SpaceX”, diz em outro tweet.

A “Lei de Zeroth” trata-se de uma menção à outra obra de Isaac Asimov, “Eu, Robô”, onde existem diretrizes para seguir na criação de inteligência artificial (AI).

O plano de Elon Musk continua

Mas de nada adianta colonizar um planeta para difundir a tecnologia para humanidade, ou até mesmo impulsionar a criação de inteligência artificial como em “Eu, Robô”, se ninguém estiver criando essa tecnologia.

Não por coincidência, o homem mais rico do mundo tem planos ambiciosos com suas empresas, como Neuralink e Tesla.

Enquanto a Neuralink pesquisa sobre a mente humana, inteligência artificial e robótica, a Tesla construiu carros que se dirigem sozinhos, e que funcionam com eletricidade.

A pauta de sustentabilidade, levantada por Musk, pode sugerir que o plano dele pode não ser simplesmente fugir para Marte, como muitos brincam, mas usar o planeta apenas como biblioteca de conhecimento, como um “Términus”.

Já com a tecnologia sendo criada, e pesquisas sendo feitas, seria necessário criar meios de difundir essas novidades. Qual melhor jeito de se comunicar com um planeta inteiro, se não através de um satélite ultra potente?

Ou até mesmo por uma das redes sociais mais usadas no mundo, como o Twitter.

Quais serão os últimos capítulos escritos pelo homem mais rico do mundo?

Ou seja, Elon Musk tornou-se o homem mais rico do mundo, mas talvez esse não era seu objetivo principal. Os planos dele também podem ir muito além de uma obra de ficção científica do século XX.

O curioso, é que, para saber qual será o fim do homem mais rico do mundo, ou até mesmo da nossa humanidade, pode ser que seja necessário apenas uma leitura agradável de uma excelente obra literária. O ponto é que, os famigerados “spoilers” podem ser mal vistos por muitos.

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