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IRB Brasil despenca 25% após Warren Buffett negar possuir ou desejar ter ações

04 mar 2020, 10:16 - atualizado em 04 mar 2020, 11:05
“A Berkshire Hathaway, de Warren Buffet, não é atualmente acionista do IRB, nunca foi uma acionista do IRB e não tem intenção de ser acionista do IRB” (Imagem: Reuters/Scott Morgan)

A Berkshire Hathaway (BERK), do megainvestidor Warren Buffett, comunicou na noite de terça-feira que a holding não é acionista do IRB Brasil (IRBR3), negando informações que circularam na mídia brasileira nos últimos dias, em mais um revés para a resseguradora. Às 11h, as ações da empresa brasileira despencavam aproximadamente 25%, negociadas a R$ 20,80.

“A Berkshire Hathaway Inc. não é atualmente acionista do IRB, nunca foi uma acionista do IRB e não tem intenção de ser acionista do IRB”, afirmou em comunicado.

Na última semana de fevereiro, o jornal O Estado de S. Paulo publicou que a Berkshire Hathaway havia praticamente triplicado a fatia que detinha na resseguradora em fevereiro. No dia da divulgação da notícia, a ações fecharam em alta de 6,6%.

As ações do IRB Brasil  acumulam queda de 28,1% desde o começo do ano (Imagem: Reprodução/YouTube IRB Brasil)

O Estadão também publicou que a advogada Márcia Cicarelli, que segundo a reportagem representa a Berkshire Hathaway no Brasil, teria sido indicada para compor o conselho fiscal da resseguradora.

Em comunicado ao mercado na véspera, o IRB Brasil RE disse que “nunca afirmou que tal grupo (Berkshire Hathaway) fosse seu acionista”.

“O anúncio veio após os administradores da companhia confirmarem (em teleconferência) que a indicação de Márcia Cicarelli teria sido em função da aproximação da resseguradora com o fundo americano, que seria um parceiro de negócios e sócio do IRB”, ressaltou a XP Investimentos, em nota a clientes.

As ações do IRB Brasil (IRBR3) acumulam queda de 28,1% desde o começo do ano, enquanto o Ibovespa (IBOV) perde menos de 9%, pressionadas particularmente por ruídos relacionados à contabilidade de seus resultados.

No começo da semana, a empresa anunciou a renúncia do presidente do conselho de administração.

A equipe do Credit Suisse avaliou que a noticia é negativa para o papel da resseguradora, “já que o indicativo de investimentos da Berkshire na companhia havia sido visto de forma positiva pelo mercado, indicando confiança no case”, conforme nota enviada pela corretora do banco a clientes.