Holanda deve anunciar lockdown rígido para o Natal, diz mídia
O governo holandês deve anunciar neste sábado um “rígido” lockdown para o Natal em que tudo menos lojas essenciais seriam fechadas, em meio ao medo pela disseminação da variante Ômicron do coronavírus, segundo publicou a imprensa holandesa.
O governo se reunirá no sábado com especialistas de saúde que recomendaram o fechamento de todos os comércios não essenciais, escolas, bares, restaurantes e outras instalações públicas.
O porta-voz do ministério da Saúde, Axel Dees, disse à Reuters que haveria uma entrevista coletiva do governo para anunciar as novas medidas às 19h (15h em Brasília). Ele não comentou os tipos de medidas que seriam anunciadas.
No centro da cidade de Leiden, cerca de 20 quilômetros nos arredores de Haia, as pessoas foram às ruas principais para fazer compras de última hora. Havia filas no lado de fora de algumas lojas, como de brinquedos, tratamento de pele de luxo ou cosméticos.
“É normalmente movimentado antes do Natal, mas está mais do que o normal”, disse Ali Windster, gerente de uma loja de cosméticos, à Reuters.
Carla Nekeman estava no balcão estocando cosméticos. “Este lockdown é horrível, estou comprando várias coisas que preciso e não consigo comprar no supermercado. Tenho que ficar na fila em todos os lugares”, disse Nekeman.
Já na terça-feira o governo ordenou que o fechamento entre às 17h e às 5h de bares, restaurantes e a maioria das lojas, introduzido no final de novembro, continuaria até 14 de janeiro.
O primeiro-ministro, Mark Rutte, disse na ocasião que a Ômicron poderia ser a variante dominante do coronavírus na Holanda até janeiro.
Na sexta-feira, o Instituto Nacional de Saúde Pública (RIVM) relatou 15.433 novos casos de Covid-19, queda de cerca de 25% em relação a uma semana atrás – mas ainda acima do pico de qualquer outra onda.
A temida nova onda de infecções pela Ômicron pode colocar mais pressão no sistema de saúde do país, que já está adiando a maioria dos tratamentos de rotina e cancelando todas as operações não urgentes para lidar com os pacientes de Covid-19.